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“Enfermeira” de Hugo Chávez e marido são condenados nos EUA

Decisão ocorreu nesta quarta-feira

Pleno.News - 19/04/2023 15h08 | atualizado em 19/04/2023 15h50

Hugo Chávez Foto: EFE/ Chico Sánchez[ARCHIVO]

Nesta quarta-feira (19), a ex-tesoureira nacional da Venezuela, Claudia Patricia Díaz Guillén, e seu marido, Adrián José Velásquez Figueroa, foram condenados, nos Estados Unidos. Cada um deles terá que cumprir 15 anos de prisão e três anos de liberdade condicional por lavagem de dinheiro.

Além disso, cada um deles deve restituir 136 milhões de dólares (R$ 689,22 milhões) e pagar uma multa de 75 mil de dólares (R$ 380,08 mil), segundo um comunicado do juiz William P. Dimitrouleas, de Miami.

A procuradoria dos Estados Unidos havia pedido penas não inferiores a 23 anos e cinco meses de prisão para Guillén e 19 anos e cinco meses para Figueroa.

Ambos os cidadãos venezuelanos foram extraditados em 2022 da Espanha, país do qual também têm nacionalidade. Em dezembro do mesmo ano, os dois foram condenados por lavagem de dinheiro: ela por duas acusações e ele por três.

Guillén e Figueroa eram pessoas de confiança de Hugo Chávez. Eles são conhecidos como “enfermeira” e “guarda-costas” do presidente da venezuelano falecido em 2013. Os dois se estabeleceram na Espanha em 2016 porque, segundo alegam, eram perseguidos pelo atual governante, Nicolás Maduro.

A procuradoria os acusou de terem feito uma fortuna de 136 milhões de dólares com uma rede de corrupção que se aproveitou do fato de ela ter sido tesoureira nacional (2011-2013) para se beneficiar do sistema de controle cambial vigente na Venezuela naquela época.

Esse é o valor que, segundo o juiz Dimitrouleas, ambos devem pagar, além de dividir uma multa de 150 mil dólares (R$ 760,17 mil) entre os dois.

Claudia Patricia Díaz Guillén Foto: EFE/Javier Lizon

Em uma súmula incorporada aos autos do caso, a ex-tesoureira pediu “compaixão” ao juiz e destacou que queria “colaborar” com os EUA, mas não pôde fazê-lo por não ter a informação que era necessária.

Guillén e seu marido se declararam inocentes das acusações e não chegaram a um acordo com a procuradoria, como fez, pelo contrário, outro venezuelano, o também ex-tesoureiro nacional Alejandro Andrade Cedeño, envolvido na mesma trama de corrupção e suborno.

Cedeño, que fixou residência nos EUA após a morte de Chávez, se declarou culpado e foi condenado a 10 anos de prisão em 2018, como parte de um acordo que incluía 1 bilhão de dólares em confisco de ativos.

O principal réu do caso, o empresário venezuelano Raúl Gorrín Belisario, proprietário e presidente da emissora Globovisión, ainda é procurado pela Justiça americana.

Gorrín foi acusado em 16 de agosto de 2017 no Distrito Sul da Flórida por uma conspiração para violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA), outra de conspiração para cometer lavagem de dinheiro e mais nove de lavagem de dinheiro.

A acusação alega que Gorrín pagou milhões de dólares em propinas a dois funcionários venezuelanos, Guillén e Cedeño, para obter os direitos de realizar transações cambiais a taxas favoráveis.

Além de fazer transferências de dinheiro para os funcionários, Gorrín supostamente pagou aos dois despesas relacionadas a jatos particulares, iates, residências, cavalos de campeonato, relógios de luxo e uma linha de moda.

Para esconder os subornos, Gorrín fez pagamentos por meio de várias empresas de fachada e supostamente fechou uma parceria com outras para adquirir o Banco Peravia na República Dominicana.

O também venezuelano Gabriel Arturo Jiménez Aray, ex-proprietário do Banco Peravia na República Dominicana, foi condenado nos EUA a três anos de prisão, em 2019, por conspiração para lavagem de dinheiro.

*EFE

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