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Embaixador chinês “se enrola” ao falar de tortura de presos

Apesar das imagens mostrarem muçulmanos em situação vexatória, representante disse que local é "bonito"

Paulo Moura - 20/07/2020 12h15

Embaixador chinês se enrolou ao falar de presos torturados Foto: Reprodução

Uma entrevista do embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, ao canal britânico BBC, colocou o país asiático em uma situação embaraçosa após imagens de drones da região de Xinjiang, na China, mostrarem prisioneiros com a cabeça raspada, algemados, vendados e sendo levados para trens. Ao tentar explicar o fato, o representante diplomático “se enrolou” e tentou até fugir do assunto.

O vídeo, que já foi considerado real por diversos serviços de inteligência de vários países ocidentais, surgiu pela primeira vez nas redes sociais em outubro de 2019, mas voltou a aparecer recentemente. Na gravação, é possível perceber diversos abusos dos direitos humanos cometidos contra muçulmanos uigures e outras minorias que vivem em território chinês.

Durante o programa, o apresentador Andrew Marr questiona o motivo de prisioneiros aparecerem algemados e com olhos vendados. Ao tentar justificar a situação, Xiaoming gagueja, diz que não sabe de onde vinham as imagens, mas responde que Xinjiang é um “lugar bonito” e que “às vezes você tem uma transferência de prisioneiros”.

– Os uigures desfrutam de coexistência pacífica e harmoniosa com outros grupos étnicos – alega o embaixador.

Do país, porém, procedem denúncias de que mais de um milhão de uigures turcos estão detidos em campos de concentração, prisões e fábricas de trabalho forçado na China. Os presos estariam sujeitos a disciplina de estilo militar, transformação de pensamento e confissões forçadas. Eles são abusados, torturados, estuprados e até mortos.

Outros relatos de sobreviventes apontam que há casos de eletrocutados, espancados repetidamente, e submetidos a posições de estresse e injeções de substâncias desconhecidas. A agência Associated Press chegou a informar no último mês que a China estaria realizando uma ampla campanha de controle forçado de nascimentos e esterilização de uigures e outras minorias, que especialistas descreveram como “genocídio demográfico”.

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