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Em meio a empurrões e gritos, argentinos “lutam” por comida

Distribuição de cesta básica com apenas cinco itens causou grande confusão em província argentina

Paulo Moura - 29/03/2021 12h15 | atualizado em 29/03/2021 12h17

Entrega de alimentos causou muita confusão na Argentina Foto: Reprodução

Um verdadeiro “filme de zumbi” foi vivido pelos moradores da comunidade argentina de Bartolomé de Las Casas, na província de Formosa, na última quinta-feira (25), durante uma entrega de alimentos em um caminhão enviado pelo governo provincial. A descrição foi feita por Sergio, um morador do local que abriga 5 mil pessoas e segue isolado por conta de casos de Covid-19.

Em uma entrevista concedida ao site argentino TN, Sergio acrescentou que desde as 4 da manhã de terça-feira (23) as pessoas aguardavam os dois caminhões com alimentos. O homem também declarou que a sacola que foi entregue pelo governo provincial continha apenas cinco produtos e que está avaliada em apenas 500 pesos (R$ 31,53).

Sergio declarou que um angustiante cenário se formou no local durante a distribuição das cestas básicas e que, em certo momento, uma confusão se formou fazendo com que jovens começassem a empurrar idosos, o que fez com que alguns destes desmaiassem e outros fossem parar embaixo dos caminhões.

– Eram 1.500 metros em linha, mas quando tudo quebrou, os avós colidiram com os meninos. Teve avós que entraram embaixo do caminhão e não conseguiram sair, as pessoas desmaiaram – destacou.

A província de Formosa já foi alvo de um severo relatório da Human Rights Watch (HRW), em decorrência das medidas adotadas para conter o contágio do coronavírus, que considerou “abusivo e insalubre”, em relação à situação no isolamento de centros. O documento, que também questiona a restrição ao trabalho do jornalismo independente e o uso excessivo da força em protestos contra o governador Gildo Insfrán.

– As autoridades provinciais também restringiram o trabalho da imprensa independente para cobrir a situação na província, usaram força excessiva contra aqueles que protestavam contra as medidas relacionadas com Covid-19 e, durante meses, limitaram severamente a possibilidade da população do cidade de Clorinda para se deslocar e ter acesso a cuidados médicos – disse a entidade.

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