Durante festival, Mick Jagger critica Trump e Bolsonaro
Ao lado de Donald Sutherland, cantor falou sobre política ambiental
Ana Luiza Menezes - 09/09/2019 19h52 | atualizado em 09/09/2019 23h59

O ator canadense Donald Sutherland, de 85 anos, e o vocalista da banda Rolling Stones, Mick Jagger, de 76, criticaram, durante o final de semana, as políticas ambientais promovidas pelos governos dos Estados Unidos e do Brasil, durante o Festival de Veneza. Segundo o ator, os presidentes dos dois países “estão arruinando o mundo”.
O músico, que passou pelo evento para promover o filme The Burnt Orange Heresy (A Heresia da Laranja Queimada, em tradução livre), em que aparece como ator, parabenizou Sutherland e afirmou concordar com um grupo de jovens que protestou no tapete vermelho contra as mudanças climáticas.
– Nós estamos em uma situação muito difícil no momento, principalmente nos Estados Unidos, onde todos os controles ambientais colocados em prática foram tão distorcidos pela administração atual, que quase desapareceram – afirmou o cantor britânico.

Segundo Jagger, o país decidiu seguir o caminho contrário.
Sutherland, que está no mesmo filme, concordou com o colega, estendendo a crítica também a outros líderes, como o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
– Quando vocês tiverem a minha idade e tiverem filhos e netos, não deixarão nada para eles se não votarmos contra essas pessoas no Brasil, em Londres, em Washington. Eles estão arruinando o mundo. Nós contribuímos para a ruína, mas eles estão assegurando isso – afirmou ele.
As acusações teriam sido motivadas pela decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e pelo relaxamento de algumas regras impostas pelo governo anterior. Já Bolsonaro tem sido criticado pelo aumento do desmatamento da Amazônia e crescimento das queimadas.
*Folhapress
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