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Preso em Israel, Thiago Ávila diz que não vai mais beber água

Ativista declarou greve de sede sob o argumento de pressionar por medicamentos

Thamirys Andrade - 05/10/2025 15h47 | atualizado em 06/10/2025 11h44

Thiago Ávila Foto: Arquivo Pessoal

Durante audiência na corte israelense neste sábado (4), o ativista brasileiro Thiago Ávila anunciou que não vai beber mais água até que os demais militantes detidos com ele tenham acesso a medicamentos essenciais. Segundo ele, seus colegas estariam sendo privados de cuidados com a saúde e tratamento médico.

Thiago é coordenador internacional da Global Sumud Flotilha, que foi interceptada enquanto navegava rumo a Gaza sob a justificativa de entregar ajuda humanitária. Faziam parte do grupo mais de 40 embarcações.

– Foi comunicado pela advogada responsável, que o coordenador internacional da Global Sumud Flotilha, Thiágo Ávila, comunicou durante audiência perante a corte israelense que não iria mais beber água até que fossem entregues medicações essenciais que têm sido negadas aos participantes – disse a organização por trás da flotilha.

A nota relata que, durante as audiências, alguns dos ativistas detidos relataram estar sem “tratamento médico essencial e medicamentos, incluindo prescrições vitais para condições potencialmente fatais, como pressão alta, doenças cardíacas e câncer”.

Como mostrou o Pleno.News, Thiago também anunciou estar em greve de fome junto de mais outros três ativistas brasileiros que faziam parte da flotilha.

Thiago Ávila, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles afirmam que o ato é uma forma de protesto por terem sido “sequestrados” em águas internacionais por forças israelenses e postos em uma prisão “isolada no deserto”. Também dizem que a greve é uma maneira de denunciar a “fome provocada pelo duro cerco israelense a Gaza”.

No total, haviam 14 brasileiros na flotilha. Os ativistas estão com seus colegas estrangeiros na prisão de Ktzi’ot, no deserto de Negev, próximo à fronteira do Egito, enquanto aguardam a deportação para a Europa.

Israel, por sua vez, afirma que, apesar da interceptação, ia cuidar para que a ajuda humanitária levada pela Flotilha Global Sumud fosse entregue a Gaza. Entrentanto, frisou que as embarcações não transportavam nenhum material humanitário quando foram interceptados, e defendeu, portanto, que a flotilha era apenas instrumento de provocação e farsa.

– Procedimentos estão em andamento para encerrar a provocação do Hamas-Sumud e finalizar a deportação dos participantes dessa farsa. (…) Todos estão seguros e com boa saúde. Como Israel, Itália, Grécia e o Patriarcado Latino de Jerusalém declararam repetidamente, qualquer ajuda que esses barcos pudessem ter transportado, por menor que fosse, poderia ter sido transferida pacificamente para Gaza. Isso não passou de uma provocação – disse a embaixada israelense no Brasil.

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