Deputado que morreu há 1 mês é reeleito nos Estados Unidos
Nova eleição será convocada para definir quem será o substituto do parlamentar eleito
Paulo Moura - 11/11/2022 08h29 | atualizado em 11/11/2022 14h59
Um deputado democrata que morreu há um mês, em razão de complicações causadas por um câncer, foi reeleito nas eleições legislativas no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. De acordo com informações da imprensa local, Tony DeLuca, que faleceu no dia 9 de outubro deste ano, recebeu 85% dos votos.
DeLuca continuou concorrendo e, consequentemente, venceu a eleição, em virtude do fato de que a legislação da Pensilvânia só permite que candidatos sejam substituídos se as cédulas ainda não tiverem começado a ser impressas. No condado de Allegheny, no entanto, as autoridades enviaram os dados das cédulas para impressão em 28 de setembro, 11 dias antes da morte do parlamentar.
A adversária de DeLuca, a candidata Zarah Livingston, do Partido Verde, terminou a disputa com 14% dos votos, mas uma nova eleição será realizada no estado em data posterior para definir quem ficará com a cadeira que estava disponível nestas eleições.
Em uma publicação no Twitter, o Partido Democrata lamentou a morte de DeLuca, mas chegou até a comemorar o fato de os eleitores continuarem manifestando sua confiança no deputado.
– Estamos terrivelmente tristes de termos perdido o deputado Tony DeLuca, mas estamos orgulhosos de ver que os eleitores continuaram manifestando sua confiança nele e no seu compromisso com os valores democráticos o reelegendo de forma póstuma – diz a publicação.
A rival de DeLuca, no entanto, comentou o resultado que apontou a vitória do deputado democrata e criticou eleitores que votaram no congressista.
– Agora não temos ninguém em nosso distrito para nos representar até que a eleição especial termine. Eu adoraria que alguém me dissesse: como isso é melhor? – escreveu Zarah Livingston.
Essa não é a primeira vez em que um candidato é eleito postumamente nos Estados Unidos. Em 2018, o republicano Dennis Hof venceu a disputa por uma cadeira no Senado do estado de Nevada apesar de ter morrido no mês anterior. No entanto, ao contrário da Pensilvânia, uma nova eleição não precisou ser feita e os republicanos nomearam outro representante do partido.
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