Pleno.News - 19/03/2021 17h43 | atualizado em 19/03/2021 19h44

Organizações do exílio em Miami, nos Estados Unidos, convocaram protestos para este sábado (20), em mais de 12 cidades de toda a América e da Europa contra o governo de Cuba, incluindo Washington, Madri, Paris e Quito, com o slogan “Pátria e Vida. Primeiro os direitos; depois os negócios”.

O organizador das manifestações, o ativista da Somos+, Eliécer Ávila, declarou à Agência EFE nesta sexta-feira (19) que a ideia é aproveitar a recepção mundial que teve a canção Homeland and Life, que apela para uma mudança política em Cuba e já se aproxima de 4 milhões de visualizações no YouTube.

– Nas últimas semanas, a ideia de uma Cuba livre está ganhando espaço em todos os lugares – afirmou a Somos+.

O grupo teve o apoio da maioria dos grupos exilados cubanos no sul da Flórida, em uma nota oficial.

Segundo Ávila, a canção tem sido uma inspiração e uma convocação à unidade que está se aprofundando em Cuba e também fora dela. A música também foi enaltecida pelo senador americano Marco Rubio, que a definiu como um motor para os cubanos na ilha e no exílio, para continuarem lutando contra a violação dos direitos humanos e a censura.

O político, de origem cubana, aplaudiu em um vídeo as “manifestações pacíficas ao redor do mundo”, marcadas para amanhã contra o governo de Miguel Díaz-Canel e seu sucessor, Raúl Castro, que ele chamou de “ditadura”.

Segundo Ávila, a mobilização em Washington será em frente à Casa Branca e a de Madri em torno da sede do Parlamento Europeu.

– Queremos sensibilizar os governos estrangeiros sobre a situação dos direitos humanos na ilha [de Cuba] – salientou.

Ávila ressaltou que a repressão em Cuba e a pressão sobre o governo dos Estados Unidos para “aliviar a pressão na ilha e ganhar tempo no poder” têm aumentado. Ele esclareceu que os protestos não são de natureza partidária; são um apelo ao apoio à causa da liberdade no país.

Os cubanos também chamaram seus compatriotas em Sevilha e Mallorca (Espanha), Paris (França), Dresden (Alemanha), Oslo (Noruega), Montreal (Canadá), Cidade do Panamá (Panamá), Quito (Equador) e Paramaribo (Suriname), entre outras cidades. Na Europa e na América Latina, os eventos serão realizados em frente às embaixadas da União Europeia e dos EUA, respectivamente.

A mensagem aos europeus será uma demonstração de rejeição ao Acordo de Diálogo Político e Cooperação (PDCA) assinado entre UE e Cuba em 2016 e parcialmente em vigor desde 1º de novembro de 2017.

*Com informações da Agência EFE

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