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Pleno.News - 14/07/2021 15h28 | atualizado em 15/10/2021 12h17

Pleno.News Foto: Arte/Pleno.News

Passados três dias desde os protestos em Cuba, a conexão à internet móvel no país continua cortada, mas uma minoria já recuperou o serviço de dados, e alguns jovens têm utilizado plataformas de redes privadas virtuais (VPN) para ficar online.

Até esta quarta-feira (14), a maioria dos cubanos continua sem acesso à internet nos celulares, o que na prática significa um apagão quase total, já que poucas residências em Cuba têm conexão Wi-Fi.

Neste cenário, alguns cidadãos de todo o país, principalmente jovens, têm recorrido a plataformas de VPN (como Psiphon e Thunder) e a outros truques para driblar a censura e acessar as redes 3G e 4G, controladas pelo monopólio estatal da Empresa de Telecomunicações de Cuba (Etecsa).

– É preciso ativar os dados, e depois a VPN, e colocá-la na região dos Estados Unidos. Depois, colocar o telefone em modo avião por cinco segundos e, ao desativá-lo, ele se conecta – explicou à Agência Efe uma mulher de 26 anos que mora em Havana e conseguiu acessar a internet nesta quarta, após dois dias e meio sem conexão.

Também foram reportados casos excepcionais de cubanos que recuperaram a conexão de forma intermitente, sem ajuda de VPN, mas não podiam acessar alguns aplicativos, como o WhatsApp.

As redes Wi-Fi privadas e em espaços públicos não pararam de funcionar em Cuba, mas tiveram restrições intermitentes no WhatsApp.

O serviço de internet móvel ficou desabilitado no domingo, após os protestos contra o governo se ampliarem por todo o país, em meio a uma grave crise econômica e sanitária e à escassez de alimentos, medicamentos e produtos básicos.

O corte da internet interrompeu a rotina de parte dos trabalhadores de Cuba, já que o trabalho remoto foi adotado por muitos setores.

A Etecsa não ofereceu nenhuma explicação para o apagão. Na terça-feira (13), o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, atribuiu “as interrupções da eletricidade” a outras dificuldades do país.

– É verdade que faltam dados, mas também faltam medicamentos – disse o chanceler, sem reconhecer explicitamente a responsabilidade do governo.

*EFE

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