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Kirchner afirma que objetivo da Justiça é bani-la da política

Vice-presidente da Argentina deu declarações nesta sexta-feira

Pleno.News - 11/03/2023 08h27 | atualizado em 13/03/2023 12h27

Cristina Kirchner Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

Nesta sexta-feira (10), a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que o objetivo da Justiça é bani-la da política. A declaração foi em relação aos fundamentos divulgados, na véspera, para justificar sua condenação por corrupção no último dia 6 de dezembro.

– Mais do que fundamentos, é um eufemismo. Milhões de palavras e adjetivos, nenhuma evidência e um único objetivo: a proscrição – declarou Cristina.

A fala ocorreu na Universidade Nacional de Río Negro, no sul do país, após Kirchner receber um doutorado honorário.

O Tribunal Oral Federal 2 publicou, na quinta-feira (9), os fundamentos pelos quais condenou Cristina em dezembro do ano passado, por fraude em obras públicas, a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos.

Os desembargadores não pouparam adjetivos para argumentar que a ex-presidente (2007-2015) foi autora de uma “volumosa” fraude contra o Estado e que a alegação de que o processo está manchado de “lawfare” (perseguição judicial) não passa de um “álibi”.

– Estamos falando de um dos maiores prejuízos judicialmente comprovados ao patrimônio do Estado na história do nosso país – argumentou o tribunal.

O tribunal publicou os fundamentos da sentença para depois indicar que se tratou de “um ato grave de corrupção sem precedentes”.

Os juízes apontaram que Cristina é uma das autoras do crime investigado, com papel fundamental nas irregularidades detectadas na concessão de 51 obras públicas a companhias do empresário Lázaro Báez durante os governos do falecido Néstor Kirchner (2003- 2007) e da vice-presidente na província de Santa Cruz, berço político do kirchnerismo.

Cristina respondeu, nesta sexta-feira, dizendo que quem melhor “definiu” o que aconteceu foi o ministro do Interior, Eduardo Wado de Pedro, que declarou que “o código penal substituiu o código eleitoral” na Argentina.

Em meio a esse imbróglio, o público da Universidade de Río Negro recebeu Cristina aos gritos de “presidente, presidente”.

Por sua parte, líderes do kirchnerismo preparam para este sábado (11) um ato na cidade de Avellaneda, na província de Buenos Aires, para exigir que Cristina seja candidata à presidência nas eleições gerais deste ano.

*EFE

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