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Cristina Kirchner diz que não percebeu arma apontada para si

Segundo a vice-presidente, ela se abaixou para pegar um livro, não para se proteger

Pleno.News - 03/09/2022 11h24 | atualizado em 03/09/2022 11h27

Cristina Kirchner Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

A vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, disse que não percebeu que um homem apontou uma arma e tentou atirar contra ela na noite da quinta-feira (1º), segundo a mídia do país A afirmação teria sido dada durante o depoimento dela à juíza Maria Eugenia Capuchetti e ao promotor Carlos Rívolo ao longo desta sexta-feira (2).

No mesmo testemunho, Kirchner disse que só percebeu que havia sofrido um atentado quando chegou em casa e viu as imagens.

Nas imagens do momento do atentado, a vice-presidente se abaixa no instante em que uma arma é apontada contra ela. Segundo o depoimento, ela se abaixou para pegar um livro de um apoiador que havia caído no chão e autografá-lo; e não para se proteger do disparo, como os vídeos deram a entender inicialmente.

Homem apontou arma na direção do rosto de Cristina Kirchner Foto: Reprodução/Twitter

O depoimento foi prestado por ela em seu apartamento no bairro de Recoleta, em Buenos Aires. De acordo com a mídia argentina, Cristina se limitou a contar o que lembrava da noite anterior e não fez avaliações políticas ou queixas contra a justiça. Também não pediu para ser parte acusatória do caso, condição que lhe permitiria acessar os autos, e falou como testemunha.

Outras cerca de 30 pessoas foram convocadas para prestar depoimento desde o atentado, segundo o Clarín. O suspeito – um brasileiro de 35 anos identificado como Fernando Sabag Montiel que possuía tatuagens neonazistas – também foi interrogado, mas se recusou a falar e, acrescenta o Clarín, se limitou a pedir um oftalmologista alegando que havia sido agredido no olho por militantes antes de ser preso. A detenção foi realizada imediatamente após o ataque.

Fernando Andrés Sabag Montiel Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Ainda nesta sexta (2), o suspeito teve um celular apreendido e a polícia encontrou mais de 100 munições em sua casa. Os registros de chamadas recebidas e realizadas foram solicitados judicialmente para saber se ele agiu sozinho ou com ajuda de terceiros. O caso é investigado como tentativa de homicídio qualificado contra a vice-presidente.

Neste sábado (3), a Câmara dos Deputados da Argentina realiza uma sessão especial para repudiar o ataque contra Cristina Kirchner e exigir “rápida investigação e condenação dos responsáveis”. Os membros do Juntos pela Mudança e de outros grupos de oposição ainda não definiram se irão participar.

A decisão de convocar uma sessão especial solicitada pela Frente de Todos (FdT) foi oficializada nesta sexta após o término da reunião de gabinete na Casa Rosada, na qual participaram o presidente da câmara, Cecilia Moreau, e o chefe do bloco de deputados do governismo, Germán Martínez.

*AE

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