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Coreia do Norte pede a cidadãos que “comam menos” até 2025

País asiático enfrenta grave escassez de alimentos após decidir fechar fronteira com a China, em razão da pandemia

Paulo Moura - 29/10/2021 09h40 | atualizado em 29/10/2021 10h13

Kim Jong-Un, ditador da Coreia do Norte
Kim Jong-Un, ditador da Coreia do Norte Foto: EFE/EPA/KCNA

Autoridades da Coreia do Norte estão dizendo aos cidadãos para reduzir o consumo de comida até pelo menos 2025, quando o país reabrirá a fronteira com a China, fechada no ano passado para evitar o coronavírus. A medida adotada pelo governo norte-coreano tem causado uma grave escassez de alimentos. A informação foi revelada em uma reportagem da rede Radio Free Asia (RFA).

De acordo com a publicação, moradores que vivem na fronteira com a China revelaram que o governo informou aos cidadãos que eles teriam que suportar mais alguns anos de dificuldades. Algumas pessoas, porém, reclamaram que talvez não conseguissem sequer resistir até o próximo inverno, muito menos até o meio da década.

– As autoridades enfatizaram que a possibilidade de reabrir a alfândega entre a Coreia do Norte e a China antes de 2025 era muito pequena […] A situação alimentar agora já é claramente uma emergência, e as pessoas estão lutando contra a escassez – afirmou um morador à RFA.

Em um recado ainda mais cruel, norte-coreanos afirmaram que foram aconselhados pelas autoridades a reduzir a quantidade que comem e a “apertar o cinto mais do que nunca”. Um morador da cidade de Sinuiju disse que as pessoas estavam ansiosas pela reabertura da fronteira e esperavam que isso acontecesse em breve.

– A desconfiança e o ressentimento com as autoridades são crescentes entre os moradores porque, na reunião, eles disseram que deveríamos reduzir a quantidade de comida que comemos e apertar o cinto mais do que nunca – disse uma fonte local que não quis se identificar.

O fechamento da fronteira e a suspensão de negócios com a China, em razão da pandemia de coronavírus, devastou a economia norte-coreana, fazendo com que os preços dos alimentos disparassem sem que as importações da China cobrissem a lacuna entre a produção e a demanda doméstica de alimentos.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura projetou, em um relatório recente, que a Coreia do Norte teria falta de cerca de 860 mil toneladas de alimentos neste ano, consumo de cerca de dois meses. O Programa Mundial de Alimentos da ONU estima que cerca de 40% da população da Coreia do Norte está subnutrida.

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