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Congresso destitui presidente do Peru por ‘incapacidade moral’

Martín Vizcarra foi acusado ter se corrompido quando ainda era governador

Pleno.News - 09/11/2020 22h19

Martin Vizcarra é acusado de ter se envolvido com corrupção quando ainda era governador Foto: EFE/Juan Pablo Azabache/Presidência Perú

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, foi destituído do cargo nesta segunda-feira (9) pelo Congresso no segundo julgamento político do qual foi alvo em menos de dois meses.

Em uma votação plenária que terminou com placar de 105 votos a favor da cassação – eram necessários 87 -, os parlamentares decidiram que Vizcarra é “moralmente incapaz” de ocupar o posto devido a acusações de que ele cometeu atos de corrupção quando era governador da região de Moquegua (entre 2011 e 2014).

Com isso, o cargo será ocupado pelo presidente do Congresso, Manuel Merino, do grupo político Ação Popular, de oposição ao governo de Vizcarra e que deve ser empossado nesta terça (10).

A decisão do Congresso foi encarada como uma surpresa, pois embora se soubesse que muitos parlamentares já estavam pensando em forçar a saída de Vizcarra, tudo parecia indicar que ainda não havia um número suficiente para que tivessem sucesso na votação.

Como havia prometido, Vizcarra apresentou pessoalmente sua defesa no Congresso e negou categoricamente ter recebido qualquer tipo de propina. Ele também criticou duramente o processo de destituição por ter sido aberto com base em delações premiadas não homologadas pela Justiça.

– Não há provas de flagrante delito, nem haverá, porque não cometi um crime, não recebi propina (…) Estes são fatos falsos, não corroborados, um processo de investigação que está apenas começando, são hipóteses – argumentou.

CONGRESSO HOSTIL
Entretanto, o Congresso foi hostil às alegações, e Vizcarra foi acusado de “mentir”, de ser “imoral”, “corrupto” e de ser de fato responsável por toda a instabilidade política pela qual o país está passando.

A votação parlamentar mostrou também o absoluto isolamento político do agora ex-presidente, que não tinha uma bancada oficial de apoio no Congresso – mesmo os deputados que votaram a favor de sua permanência no poder o consideraram responsável pelos crimes pelos quais ele é acusado.

*Com informações da agência EFE

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