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Começa no Chile plebiscito histórico sobre Constituição

Cerca de 14,8 milhões de chilenos decidirão nas urnas se querem ou não substituir a atual Carta Magna

Pleno.News - 25/10/2020 14h27

Os mais de 2,7 mil centros de votação habilitados no Chile para o histórico plebiscito constitucional abriram suas portas neste domingo (25), com medidas sanitárias devido à pandemia da Covid-19 e protegidos por um grande contingente de segurança para evitar possíveis tumultos.

Cerca de 14,8 milhões de chilenos decidirão nas urnas se querem ou não substituir a atual Carta Magna, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), e qual órgão deve redigir o novo texto, votação que está sendo considerada a mais importante desde o retorno à democracia.

– Hoje, podemos ser os protagonistas de uma página que ficará escrita na história de nosso país – disse Patricio Santamaría, presidente do Serviço Eleitoral do Chile, antes da abertura das urnas.

O plebiscito, que deveria ter sido realizado em abril mas foi adiado devido à pandemia, foi acordado pelas forças políticas como uma saída para a grave crise social que eclodiu em outubro de 2019 contra a desigualdade e deixou cerca de 30 mortos e milhares de ferido.

Para os partidários do sim, a Constituição atual é a causa das grandes desigualdades do país para promover a privatização dos serviços básicos, enquanto seus detratores acreditam que neste marco jurídico, o Chile registrou o período de maior crescimento de sua história e que os problemas são resolvidos com novas leis e não com um processo constituinte.

No que se diz respeito ao órgão que redigirá o texto, os cidadãos deverão optar entre uma convenção constitucional, composta por 155 cidadãos eleitos apenas para esse fim efeito e em conjunto, ou uma convenção mista, composta por 172 cidadãos e parlamentares em partes iguais.

A votação é marcada pelo surto social, um dispositivo de quase 50 mil militares e policiais vai vigiar os centros de votação e seu entorno, mas também pela pandemia.

– Apesar do coronavírus, temos que votar, é histórico e temos que participar – disse à Agência EFE, Isabel Borrell.

Borrell foi uma das primeiras pessoas a votar na capital do país, Santiago.

No sábado (24), o Chile ultrapassou a marca de 500 mil infectados. O país chegou a 13.892 mortes desde o início da pandemia da Covid-19, em março, é o 14º do mundo com o maior número de casos, segundo a Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos.

Para incentivar a participação e evitar multidões, as seções eleitorais ficarão abertas 12 horas, duas a mais que o normal, e os idosos terão horários especiais ao meio-dia, enquanto o toque de recolher noturno foi adiado para permitir que voltassem para casa após a contagem dos votos.

O governo optou por manter a quarentena que está em vigor em algumas cidades do norte e do sul do país, mas vai permitir que as pessoas votem sem restrições e sem necessidade de licenças especiais.

*Com informações da Agência EFE

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