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China impede missão da OMS sobre origem do coronavírus

Equipe de pesquisa com 10 médicos estava a caminho do país asiático

Pierre Borges - 07/01/2021 14h48 | atualizado em 07/01/2021 15h18

Diretor geral da OMS, Tedros Adhanom, revelou estar “muito desapontado” Arte: Pleno.News / Imagem: EFE/Salvatore di Nolfi

Nesta quarta-feira (6), um dia após a divulgação de que a China impediu a entrada de uma equipe de pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para averiguar a origem do coronavírus, o país alegou mal-entendido e afirmou que as negociações com o órgão ainda estão em negociação.

O chefe da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na última terça-feira (5) que estava “muito desapontado” com o impedimento da entrada de uma equipe de pesquisa com 10 médicos, liderada pelo Dr. Peter Ben Embarek, no território chinês. Segundo Tedros, os membros da equipe científica internacional estavam deixando seus países de origem como parte de um acordo entre a OMS e a China, quando descobriram que as autoridades chinesas ainda não haviam finalizado as permissões necessárias.

Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que estava “muito desapontado” com o impedimento da entrada [na China] de uma equipe de pesquisa com 10 médicos

– Estou muito decepcionado com esta notícia, visto que dois membros já haviam iniciado suas viagens, e outros não puderam viajar no último minuto, mas estiveram em contato com altos funcionários chineses – disse em entrevista coletiva em Genebra.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, disse em uma entrevista coletiva que as negociações ainda não haviam sido finalizadas.

A China foi, diversas vezes, questionada sobre sua falta de transparência ao lidar com o surto

– O problema das origens [da doença] é muito complexo. Para garantir que o trabalho do grupo de especialistas globais na China seja bem-sucedido, precisamos realizar os procedimentos necessários e planos concretos relevantes. Atualmente, ambos os lados ainda estão em negociações sobre isso – disse Hua.

Mesmo antes que o coronavírus se tornasse uma pandemia, a China foi, diversas vezes, questionada sobre sua falta de transparência ao lidar com o surto da doença e chegou a ameaçar os primeiros médicos que reportaram a descoberta do novo vírus.

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