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China é acusada de fazer ataque hacker ao Vaticano

Invasão teria obtido dados sobre relação entre Hong Kong e a Santa Sé

Paulo Moura - 30/07/2020 08h05 | atualizado em 30/07/2020 09h00

Vaticano teria sido alvo de ataque hacker da China Foto: Wikimedia

Segundo o jornal norte-americano The New York Times, hackers ligados ao governo chinês teriam realizado um ataque cibernético contra a rede de informações do Vaticano em Hong Kong. A fonte usada pela publicação são dados de um relatório criado pela empresa norte-americana Recorded Future, que monitora ações de hackers internacionais apoiados por governos federais.

O NY Times aponta que os ataques atingiram a Holy See Study Mission, considerada uma das missões mais estratégicas da Igreja Católica no mundo, com relações diretas com as dioceses chinesas.

O malware utilizado é o famoso Cavalo de Troia, que teria sido enviado pelo grupo RedDelta em uma comunicação de pêsames pela morte do bispo chinês Joseph Ma Zhongmu, da diocese de Yinchuam/Ningxia. A mensagem teria sido supostamente mandada pelo secretário de Estado, Pietro Parolin, através do e-mail da Holy See Study Mission.

Um outro alvo que teve ataques detectados foi o Instituto Pontifício para Missões Estrangeiras (Pime), que no passado foi marcado como um dos possíveis alvos da China. As ações dos hackers teriam iniciado após a renovação do acordo provisório entre China e Santa Sé, ocorrido em setembro do ano passado. O pacto, assinado em 2018, diz que o Partido Comunista Chinês tem o poder de supervisionar os atos da Igreja Católica no país, que historicamente era “clandestina”, para evitar perseguições de Estado.

Com os ataques, segundo o Times, a RedDelta teria obtido informações sobre as posições das negociações no Vaticano em vista da renovação do acordo, que deve ocorrer em setembro deste ano, além de dados sobre as relações entre as dioceses de Hong Kong e a Santa Sé seja nas questões religiosas como no apoio dos movimentos pró-democracia.

Questionado sobre a denúncia, um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que, antes de tudo, “precisam ser fornecidas provas suficientes sobre o que é investigado e determinar a natureza dos incidentes de cibersegurança”. Já o Vaticano não se posicionou sobre o fato.

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