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Governo do país asiático se manifestou neste domingo

Pleno.News - 26/03/2023 18h36 | atualizado em 27/03/2023 11h15

Xi Jinping e Lula, em 2009 Foto: EFE/FERNANDO BIZERRA JR

Neste domingo (26), o governo da China informou que mantém contato com o governo brasileiro para o reagendamento da visita de Estado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao país.

Lula se encontraria com o presidente chinês, Xi Jinping, na próxima terça-feira (28), mas cancelou a viagem por razões de saúde. Uma possível data, em avaliação por autoridades no Brasil, seria a segunda quinzena de maio.

A China se manifestou pela primeira vez sobre o cancelamento da visita por parte de Lula. O presidente brasileiro foi diagnosticado na última quinta-feira (23), com uma broncopneumonia causada por uma bactéria e pelo vírus Influenza A.

O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou, numa entrevista coletiva diária, que foi informado pelo governo Lula da decisão de postergar a visita de Estado.

– Nós compreendemos e respeitamos essa decisão. Seguiremos em contato com o lado brasileiro sobre a visita – disse um porta-voz da chancelaria chinesa.

Pequim desejou rápida recuperação ao presidente brasileiro.

– Enviamos nossos calorosos pensamentos ao presidente Lula da Silva e desejamos-lhe uma rápida recuperação – afirmou a diplomacia chinesa.

A possibilidade de cancelamento da viagem preocupava diplomatas, empresários e autoridades brasileiras em Pequim.

Um dia antes do embarque, o governo brasileiro divulgou o estado de saúde de Lula. Mais de 100 empresários já estavam na capital chinesa, além do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que conduzia reuniões institucionais e de trabalho antecipadamente.

SUGESTÃO PARA MAIO
Integrantes do governo e empresários do agronegócio brasileiro sugeriram que Lula viaje em maio, por volta do dia 18, para aproveitar uma feira de alimentação local, a SIAL, que costuma ter a presença de Xi Jinping.

Lula poderia emendar a visita de Estado à China com a ida à cúpula do G7, no Japão. Mas diplomatas avaliam potenciais sensibilidades chinesas e a disponibilidade na agenda do presidente do país.

O ministro Carlos Fávaro confirmou a proposta da viagem em maio, mas disse que agora a nova data depende de uma decisão da China.

– A gente tem que respeitar a diplomacia. Eu ouvi também a sugestão. Sugestão interessante. Mas agora quem define a data da agenda é o governo chinês. Infelizmente não pode ser agora de problema de saúde do presidente. Então, não podemos dizer: “Olha, em maio vamos voltar aqui”. Não sei como está a agenda do governo chinês em maio – disse o ministro.

Ele assumiu a liderança da missão brasileira em Pequim, sendo o único membro do primeiro escalão do governo, a pedido de Lula.

Primeiro, o Palácio do Planalto adiou a decolagem da comitiva por um dia, cancelando a participação do presidente em um fórum acadêmico e empresarial. Após nova avaliação médica, Lula foi orientado a não viajar mais, até o encerramento do ciclo viral, de sete dias, conforme assessores do presidente.

O encontro bilateral ocorreria no quinto dia do ciclo, o que poderia trazer riscos à saúde de ambos os líderes. Essa era uma preocupação do governo chinês, conforme diplomatas e auxiliares de Lula.

Além da reunião, eles também jantariam juntos, num banquete de cortesia oferecido pelo governo da China em homenagem a Lula.

*AE

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