Relatório: China atravessa pior repressão aos direitos humanos
ONG Human Rights Watch também destacou tentativas da China de pressionar países que denunciam suas práticas
Pleno.News - 13/01/2021 15h41 | atualizado em 13/01/2021 16h39

Os direitos humanos na China estão atravessando, sob a presidência de Xi Jinping, “seu período mais negro” desde a repressão ao movimento democrático de Tiananmen em 1989, destacou nesta quarta-feira (13) o relatório anual da ONG Human Rights Watch (HRW).
O relatório lembra como um milhão de uigures e membros de outras minorias muçulmanas foram presos na região chinesa de Xinjiang nos últimos anos, enquanto o ataque às liberdades em Hong Kong e a repressão em áreas como o Tibete e a Mongólia Interior continuam.
– A boa notícia é que houve uma reação sem precedentes contra essa repressão, com o surgimento de coalizões de governos que se uniram para criticar a China – disse o diretor executivo da HRW, Kenneth Roth.
Exemplos dessa reação foram a condenação à repressão de Xinjiang que 39 países, liderados pela Alemanha, expressaram na última Assembleia Geral das Nações Unidas, bem como a diminuição do número de países que apoiaram a China na obtenção de uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
– O governo chinês está preocupado com sua reputação internacional, e [essa] é a maneira de mudar uma China, que é grande e poderosa, mas precisa de uma boa imagem que agora está perdendo devido à repressão – analisou Roth.
O relatório também destacou as tentativas da China de pressionar países que denunciam suas práticas, como a Austrália, que sofreu sanções econômicas de Pequim em retaliação por seu apoio a uma investigação internacional sobre a origem da pandemia da Covid-19.
– Pequim temia que a investigação mostrasse que ela ocultou a transmissão entre humanos em dezembro de 2019 e janeiro de 2020, quando milhões de pessoas deixaram Wuhan, e o vírus se tornou global – observou Roth.
*Com informações da Agência EFE
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