EUA: Casa Branca pede maior regulamentação do Twitter
Porta-voz deu declarações nesta segunda-feira
Pleno.News - 25/04/2022 19h07 | atualizado em 26/04/2022 11h04
Nesta segunda-feira (25), a Casa Branca reiterou seu pedido para que o Congresso dos Estados Unidos aprove novos regulamentos. O objetivo é obrigar redes sociais, como o Twitter, a serem responsabilizadas pelos “danos que causam”.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, fez essa declaração logo após o Twitter anunciar que havia aceitado a oferta de aquisição do empresário sul-africano Elon Musk por cerca de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 215 bilhões).
Psaki se recusou a comentar a “transação específica” entre Musk e o Twitter. Porém, ela disse que, seja quem for o dono da empresa, o presidente dos EUA, Joe Biden, “há muito se preocupa com o poder das grandes plataformas de mídia social”.
– [Biden] vem dizendo há muito tempo que as plataformas de tecnologia devem ser responsabilizadas pelos danos que causam – ressaltou a porta-voz.
Ela deu declarações durante sua entrevista coletiva diária. Psaki falou ainda que o presidente americano “apoia fortemente a aprovação de reformas fundamentais para atingir esse objetivo”, incluindo reformas antitruste que “exigem mais transparência” nesses tipos de fusões ou aquisições.
Biden também acredita que deve ser reformada a chamada Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações de 1996, lembrou a porta-voz. Essa seção estipula que as grandes empresas de Internet estão isentas de quase todas as consequências legais decorrentes do conteúdo postado em sua plataforma e até mesmo de suas próprias decisões de remoção de conteúdo, porque deveriam ser meros intermediários ou canais.
Por fim, Psaki acrescentou que há “interesse bipartidário” no Congresso em promover esse tipo de reforma, algo que “tranquiliza” Biden.
Antes de comprar o Twitter, Musk vinha sendo altamente crítico à rede social e questionou se suas regras aderem “rigorosamente” ao princípio da liberdade de expressão. Sua crítica levantou muitas incertezas, inclusive, entre os próprios funcionários do Twitter, preocupados que Musk pudesse exercer poder excessivo na empresa para mudar seus padrões éticos de postagem.
*EFE
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