Cárcere de repórter brasileiro na Venezuela revolta órgão
Rodrigo Lopes foi detido na sede do governo após tirar fotos de manifestação
Camille Dornelles - 29/01/2019 08h42 | atualizado em 29/01/2019 08h44

Nesta segunda-feira (28), a Sociedade Interamericana de Imprensa emitiu um comunicado condenando a detenção de um jornalista brasileiro na Venezuela pelo governo do país. Segundo a organização, o intuito foi “intimidar e restringir a circulação de informação independente”.
O repórter brasileiro Rodrigo Lopes, correspondente do jornal Zero Hora e rede RBS, foi detido em Caracas, capital da Venezuela, na última sexta-feira (25). Ele foi preso e encaminhado para a sede do governo do país depois de ter tirado fotos de uma manifestação contrária a Nicolás Maduro.
Lopes ficou preso na sede militar do governo venezuelano, no Palácio Miraflores, durante duas horas. Seu passaporte e celular foram retidos pelo Centro Estratégico de Segurança e Proteção da Pátria. Depois, ele foi liberado para retornar ao Brasil.
O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, o mexicano Roberto Rock, advertiu que “os jornalistas nacionais e estrangeiros que informam sobre a crise na Venezuela estão expostos a sofrer detenções temporárias ou permanentes, entre outros riscos”.
OUTROS CASOS
No último dia 13 de janeiro, as jornalistas venezuelanas Osmary Hernández, correspondente da emissora CNN, e Beatriz Adrián, correspondente da Caracol Notícias da Colômbia, foram detidas temporariamente. Em novembro, três jornalistas brasileiros e um espanhol foram retidos durante várias horas.
Desde o ano passado, dois jornalistas estão presos na Venezuela: Jesús Medina Ezaine, do site Dolar Today, detido em setembro do ano passado, e Billy Six, documentarista independente alemão, preso desde novembro.
*Com informações da Agência EFE
Leia também1 "Qualquer arma contra a Venezuela não vai prosperar"
2 Brasil cai em lista de países menos corruptos de 2018
3 Em nota, PT critica Bolsonaro e apoia Maduro na Venezuela