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Informações falsas propagam que o país aceita todos os solicitantes de asilo

Jade Nunes - 14/08/2017 10h16 | atualizado em 14/08/2017 10h48

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau Foto: Reprodução

A crise de refugiados enfrentada pelo Canadá com a chegada de milhares de pessoas procedentes dos Estados Unidos continua. Especialistas temem um agravamento do fluxo nas próximas semanas, tema de crescente preocupação no país.

Cerca de 300 pessoas por dia estão chegando à fronteira do Canadá em busca de asilo, muitas delas fugindo da ameaça feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de expulsar dezenas de milhares de haitianos que estão no país desde o terremoto que devastou Porto Príncipe e outras cidades em 2010.

No entanto, para poder solicitar refúgio no país, esses imigrantes têm que entrar ilegalmente e cruzar a fronteira a pé, evitando a fiscalização. Isso ocorre porque Canadá e EUA assinaram em 2004 o chamado Acordo de País Seguro. Os solicitantes de refúgio são obrigados a realizar o pedido de asilo no primeiro país a que chegarem.

A onda de solicitantes de refúgio na província do Québec, onde está a maior comunidade de haitianos do Canadá, foi tão grande que as autoridades tiveram que abrir o Estádio Olímpico de Montreal para receber os recém-chegados.

Neste domingo (13), o líder do Partido Quebequense, o maior de oposição na província, Jean-François Lisee, enviou uma carta para todos os governos estaduais do Canadá e pediu apoio para suspender o Acordo de País Seguro.

Segundo Lisee, a suspensão permitiria a expulsão imediata do país de milhares de pessoas que cruzaram ilegalmente a fronteira, o que se transformou, na avaliação do líder opositor, em um problema de “aceitação social”.

No sábado (12), o primeiro-ministro do Québec, Philippe Couillard, citou esse ponto para explicar que essas pessoas que estão cruzando a fronteira estão sendo desinformadas sobre as condições de conseguir o status de refúgio no Canadá.

Couillard se referia às matérias divulgadas nos últimos dias na imprensa local, que indicam que a nova onda de migrantes é alimentada por informações falsas de que o Canadá estaria aceitando todos os solicitantes de asilo.

*Com informações da Agência EFE

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