Brasileiro é escolhido para vice-presidente na entidade de Soros
Pedro Abramovay já fez parte do governo Lula e está há dez anos na Open Society
Paulo Moura - 14/08/2023 13h32 | atualizado em 14/08/2023 19h00

Figura que circula há alguns anos entre personagens políticos da esquerda brasileira, o paulista Pedro Abramovay foi escolhido para assumir o cargo de vice-presidente de programas da Open Society Foundations, entidade fundada pelo bilionário George Soros que financia inúmeros projetos da agenda progressista ao redor do mundo.
Pedro é filho do sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Abramovay. Formado em Direito pela mesma universidade em que o pai lecionava, Pedro foi coordenador do Centro Acadêmico 11 de Agosto e logo que se formou, em 2002, se tornou assessor do gabinete da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.
No entanto, já no ano seguinte, que marcou o início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, Abramovay desembarcou em Brasília e, aos 23 anos, passou a ser assessor jurídico da liderança do governo no Senado, cargo no qual tinha como chefe o então senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
Foi no Governo Federal, porém, que o nome de Abramovay ganhou os noticiários. Pedro foi assessor especial do Ministério da Justiça, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e Secretário Nacional de Justiça. Como assessor especial, ele foi um dos coordenadores da Campanha do Desarmamento e trabalhou na implementação e regulamentação do sistema penitenciário.
Após deixar o governo, Abramovay ocupou um cargo de direção na Avaaz, que promove petições online a favor de causas de esquerda. Foi então que, em 2013, ele chegou à Open Society, de Soros, onde chefiou o escritório para a América Latina e o Caribe. Após uma década na organização, ele foi escolhido para ser um dos três vice-presidentes da entidade.
Sob a supervisão de Abramovay, a Open Society aplicou centenas de milhões de reais no Brasil nos últimos anos, direcionando boa parte dessa verba para projetos com pautas progressistas como a liberação das drogas, o abrandamento das penas a criminosos, a legalização do aborto e a promoção da agenda LGBTQIA+.
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