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Presidente disse que um conflito entre os dois países seria uma situação "de perde-perde"

Henrique Gimenes - 03/01/2020 20h07 | atualizado em 03/01/2020 21h29

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Presidência da República/Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (3), em entrevista ao programa Brasil Urgente, na Band, que é favorável a qualquer medida de combate ao terrorismo, mas que um conflito entre Irã e Estados Unidos poderia “ser o fim da humanidade”.

– A posição do Brasil é a de se aliar a qualquer país no mundo no combate ao terrorismo – afirmou o presidente sobre o ataque dos Estados Unidos realizado na madrugada desta sexta-feira, no Iraque, que matou o general iraniano Qassim Suleimani.

O presidente reconheceu o potencial bélico dos EUA, da Rússia e da China, que se posicionaram a favor do Irã, mas disse que “é muito difícil falar que possa haver conflito maior entre esses países” e que por isso “ele não está preocupado”.

– Ninguém ganharia com isso, seria uma relação de perde-perde. Em um conflito nuclear, perde o mundo todo, poderia ser o fim da humanidade (…) Eu acho que não chega a esse ponto – explicou.

Bolsonaro apontou ainda que obteve informações de que Suleimani, considerado um herói no Irã, esteve envolvido em atividades terroristas.

– Segundo informações que tivemos, essa autoridade [o general Qassim Suleimani] esteve envolvida em atividades de terrorismo em sua vida pregressa (…) Faremos tudo que pudermos para combater o terrorismo – afirmou.

Mesmo com a posição do Irã de parceiro comercial do Brasil, o presidente disse que não concorda “em certa medida” com o que acontece no país do Oriente Médio.

– Espero que o Irã modifique sua maneira de fazer política, como muitos países estão fazendo – destacou.

Sobre os desdobramentos do ataque, Bolsonaro disse que as possibilidades do Brasil são limitadas devido ao poder bélico que tem, inferior ao de países como Estados Unidos e Rússia.

– O Brasil não tem uma participação ativa no combate ao terrorismo. Nós optamos por vias pacíficas, temos que medir bastante as nossas palavras – afirmou.

Para Bolsonaro, porém, o ataque não se trata de uma estratégia do presidente norte-americano Donald Trump para a reeleição (as eleições presidenciais nos EUA acontecem em novembro de 2020).

De acordo com Bolsonaro, as posições dos líderes de potências como China e Rússia são definidas em momentos assim com enfoque mais sobre a economia do que sobre a guerra.

Uma das preocupações na crise internacional aberta com o ataque é o impacto sobre o preço do petróleo -que ao sofrer uma elevação, pode agravar ainda mais a alta nos preços dos combustíveis nos postos brasileiros.

De acordo com Bolsonaro, está marcada uma reunião na segunda-feira (6) com autoridades do setor para definir a estratégia para uma possível elevação no preço do petróleo.

– O que podemos fazer agora é esperar que tudo dê certo e que não tenhamos reflexos no aumento dos combustíveis no Brasil – afirmou.

*Com informações da Folhapress

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