CPAC: Bolsonaro assiste a duro discurso de Trump contra Biden
Ambos receberam o carinho da entusiasmada plateia em congresso conservador nos EUA
Marcos Melo - 05/03/2023 13h01 | atualizado em 06/03/2023 12h44
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou neste sábado (4) na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), que ocorreu em National Harbor, Maryland. Ele aproveitou a oportunidade para criticar o governo do presidente Joe Biden, que pode ser seu adversário político na próxima eleição presidencial, em 2024.
Antes de subir ao palco, Trump foi anunciado como o próximo presidente dos Estados Unidos e discursou por uma hora e meia ao som de “Nós queremos Trump” e “Trump estava certo”.
Na plateia, uma figura ilustre no cenário conservador mundial, o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL), que foi muito aplaudido de pé, aos gritos de “mito, mito, mito” pelos entusiasmados espectadores. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também compareceu ao evento.
Com a visão econômica liberalista, Trump prometeu diminuir o tamanho do Estado, enxugando a máquina pública.
– Vamos terminar o que começamos. Vamos completar a missão. (…) Vamos fazer a América grande de novo – declarou.
O republicano foi ácido nas críticas a Biden e citou diferentes falhas que o democrata cometeu até aqui, como a evacuação das tropas americanas do Afeganistão, apontada por especialistas como desastrosa.
– A saída do Afeganistão foi o momento mais embaraçoso da história dos Estados Unidos – disse Trump ao lembrar que até os cães das Forças Armadas norte-americanas foram deixados para trás.
Ele também condenou o comportamento do governo Biden em relação à guerra na Ucrânia, na qual os Estados Unidos já colocaram bilhões de dólares em ajuda militar. Trump criticou a doação ilimitada para uma guerra estrangeira que não se sabe quando vai acabar.
Em tom jocoso, o ex-presidente ressaltou que durante seu governo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não realizou nenhuma invasão, mas o fez no governo anterior ao seu e, agora, na gestão sucessora.
– Com Bush, foi Georgia. Obama, Crimeia. Biden… invadiu tudo – observou o republicano.
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