Bolsonaro agradece a China pela defesa da Amazônia
Presidente se reuniu com mandatário chinês Xi Jinping para discutir acordos
Paulo Moura - 13/11/2019 13h22 | atualizado em 13/11/2019 13h26
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (13) que o Brasil quer “diversificar as relações comerciais” com a China e agradeceu o governo chinês por ter defendido a “soberania da Amazônia” brasileira.
– É um gesto de grandeza que nos fortaleceu e muito. Sempre agradeceremos por essa oportunidade – declarou Bolsonaro, ao lado do presidente chinês Xi Jinping.
Xi está no Brasil no âmbito da cúpula dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O mandatário chinês participou na manhã desta quarta de uma reunião bilateral com Bolsonaro no Palácio do Itamaraty.
– Os acordos assinados, bem como os protocolos de intenção, serão potencializados por nós para o bem dos nossos povos. A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil. O nosso governo vai cada vez mais tratar com o devido carinho, respeito e consideração esse gesto do governo chinês – declarou.
Ao agradecer o governo chinês, Bolsonaro se referiu aos ataques que sofreu por conta das queimadas na Amazônia. Em agosto, o presidente da França, Emmanuel Macron, chegou a propor a discussão de um status internacional para a Amazônia, o que gerou acusações por parte de Bolsonaro de que o francês estaria querendo interferir na soberania nacional.
À época, o número dois da embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui, afirmou ao jornal O Globo que a política ambiental do Brasil era uma das mais rigorosas do mundo e que a crise era fabricada.
Após a reunião desta manhã entre Bolsonaro e Xi, foram assinados atos oficiais de cooperação dos dois países. Entre eles, há um tratado sobre a transferência de pessoas condenadas de um país ao outro; um memorando de entendimento entre autoridades de transporte; um protocolo sanitário para exportação de pera chinesa e melão brasileiro; um plano de ação na área de agricultura; memorandos de entendimento sobre medicina tradicional e de cooperação no setor de serviços; um ato de incentivo de investimentos, entre outros.
No âmbito das recentes conversas entre os dois governos, foram habilitados mais 13 estabelecimentos de proteína animal (aves, bovinos e suínos) para exportar para a China. E foi autorizada a exportação de melão para o gigante asiático, como a primeira fruta brasileira autorizada a entrar no mercado chinês.
*Folhapress
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