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Anúncio foi feito pela chanceler boliviana Karen Longaric

Paulo Moura - 06/12/2019 07h59 | atualizado em 06/12/2019 08h00

Manifestações marcaram as ruas da Bolívia Foto: Reprodução

A chanceler do governo interino da Bolívia, Karen Longaric, disse que a nova eleição presidencial deve ocorrer entre março e abril e que será “a eleição mais livre que já houve na Bolívia”. A convocação de um novo pleito está sendo prometida desde que a senadora Jeanine Añez se autoproclamou presidente interina, em 12 de novembro, ocupando o vácuo de poder deixado após a renúncia de Evo Morales, de seu vice e dos presidentes do Senado e da Câmara.

As eleições de 20 de outubro foram marcadas por idas e vindas e acusação de fraude, e um relatório divulgado na quarta-feira (4) pela OEA (Organização dos Estados Americanos) concluiu que houve “ações deliberadas para manipular os resultados”, incluindo alteração e queima de atas de votação e falsificação de assinaturas.

Segundo Longaric, os membros do MAS (Movimento para o Socialismo), partido de Evo, estão colaborando com a transição e querem participar do processo eleitoral.

– Desta vez [eles querem participar] com uma diretoria renovada, diferente daquela que causou tantos danos às nossas instituições – disse.

Quando perguntada sobre o fato de a renúncia de Evo não ter sido aprovada pela Assembleia Legislativa, ela respondeu que a renúncia do ex-presidente era irreversível.

– [Evo Morales] abandonou o país, abandonou suas funções e pediu refúgio em outro país, ou seja, deu provas suficientes de que sua renúncia era irreversível – declarou.

Longaric disse que o Brasil é um dos países que mais têm apoiado o governo interino de Jeanine Añez, e que também têm sido importante o suporte da União Europeia, dos EUA e da própria OEA.

Sobre a violência que tomou as ruas e já deixou pelo menos 33 mortos e centenas de feridos em protestos e enfrentamentos com a polícia, Longaric disse que “a tarefa inicial que este governo se impôs foi a de pacificar o país”.

– Os dias antes da mudança de governo e os seguintes foram muito difíceis, e o governo de Añez foi heroico, as dificuldades que enfrentou não tem antecedentes na história da Bolívia. Identificamos forças irregulares externas que estavam no país para desestabilizar o nosso governo – completou.

*Folhapress

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