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Bolívia pode aprovar projeto que criminaliza evangelização

Proposta do presidente Evo Morales gera diversas manifestações de líderes religiosos no país

Emerson Rocha - 10/01/2018 14h48 | atualizado em 10/01/2018 17h37

Pastores fazem protesto contra projeto de Evo Morales Foto: Reprodução Twitter

O presidente da Bolívia, Evo Morales, está buscando a aprovação do Novo Código do Sistema Criminal. O projeto visa alterar uma série de normas na legislação do país. Uma delas até prevê prisão de 7 a 12 anos para quem recrutar pessoas para organizações religiosas e cultos.

As manifestações já começaram na capital La Paz, quando grupos cristãos, formados por católicos e evangélicos, se reuniram nesta segunda-feira (8) para lutar contra o artigo 88. Advogados e jornalistas também participaram do encontro de protesto e fizeram uma denúncia sobre a liberdade de expressão que o Novo Código quer exterminar.

Segundo os profissionais, Evo Morales quer evitar qualquer tipo de crítica e denúncias contra o governo e políticos bolivianos. Mas o presidente argumenta que a liberdade de expressão (religiosa ou na imprensa) é uma “concessão do Estado”, repetindo o que já é feito na Venezuela.

Entre inúmeros atos de apelo, representantes da Associação de Igrejas Evangélicas Unidas se concentraram em frente ao Palácio do Governo e à Assembleia Legislativa. Exigiam a revogação total do Novo Código do Sistema Criminal por meio de uma declaração elaborada pela organização.

De acordo com os pastores, o artigo 88 dá margem a interpretações de que qualquer atividade de evangelização seja criminalizada. A proposta pode até afastar o trabalho com pessoas nos centros de recuperação de alcoolismo e dependência de drogas dirigido por religiosos.

O artigo 4 da Constituição da Bolívia prevê a liberdade de culto, mas o projeto do presidente contradiz a lei em vigor. Por isso, os líderes religiosos acreditam que a aprovação pode impedir retiros de igrejas, procissões ou caminhadas do tipo “Marcha para Jesus”.

A proposta está na Assembleia Legislativa e poderá ser aprovada nos próximos dias, com as mudanças indicadas por Evo Morales.

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