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Biden vai manter cota anual de refugiados em nível mínimo

Democrata não mudará limite definido por Donald Trump

Pleno.News - 16/04/2021 16h55 | atualizado em 16/04/2021 19h07

Joe Biden, presidente dos EUA Foto: EFE/EPA/KEVIN DIETSCH / POOL

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai manter a cota anual de refugiados recebidos pelo país em 15 mil, um nível historicamente baixo estabelecido por seu antecessor, Donald Trump. A medida, confirmada à Agência EFE nesta sexta-feira (16) por uma fonte oficial, representa um retrocesso na promessa do governo Biden de elevar para 62,5 mil o número de refugiados admitidos neste ano fiscal, que termina em setembro.

Dos 15 mil a serem admitidos nesse período, um máximo de 3 mil pode ser procedente da América Latina e do Caribe, segundo a fonte, que pediu anonimato.

Biden assinará uma ordem nesta sexta-feira que altera as diretrizes emitidas por Trump sobre a cota de refugiados, mas não mudará seu limite de 15 mil, o mais baixo desde que a lei que regulamenta esta proteção entrou em vigor, em 1980.

A decisão deve desagradar muitas organizações de direitos humanos e membros do Partido Democrata, ao qual Biden é filiado, como a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que lhe pediu para aumentar o limite de refugiados para este ano fiscal.

Em fevereiro, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou ao Congresso que a Casa Branca planejava aumentar o limite de refugiados para este ano fiscal de 15 mil para 62,5 mil, mas o atraso de Biden em colocar em prática essa promessa preocupou muitos ativistas.

A fonte oficial consultada pela EFE justificou a medida com o trabalho pendente da Casa Branca para “reconstruir o programa de reassentamento” de refugiados, além dos desafios apresentados pela “pandemia de Covid-19”.

Ele afirmou que, ao rever o estado do Programa de Admissão de Refugiados dos EUA, o governo Biden percebeu que estava “ainda mais dizimado do que pensava” e precisava de “uma grande reforma para poder chegar aos números” dos anos anteriores.

– Essa reconstrução já está acontecendo e nos permitirá apoiar um número muito maior de admissões (de refugiados) em anos futuros – disse a fonte do governo.

Em fevereiro, Biden também anunciou que no ano fiscal de 2022, que começa em outubro, a cota anual de refugiados aumentaria para 125 mil, e a fonte não esclareceu se esse compromisso será mantido.

O que o oficial argumentou é que a ordem de Biden permitirá “expandir o acesso” ao programa americano de refugiados, mesmo que não amplie a cota, porque “muda a distribuição por regiões” dos beneficiários.

Segundo a fonte, a medida de Trump “excluiu muitos refugiados de regiões que estão passando por conflitos, como a África e o Oriente Médio”.

Com a emenda de Biden, os Estados Unidos receberão até outubro 7 mil refugiados da África; 1,5 mil do Oriente Médio e do Sul da Ásia; 1 mil da Ásia Oriental; 1,5 mil da Europa e da Ásia Central; 3 mil da América Latina e do Caribe, e outros 1 mil da reserva que não é vinculada a nenhuma região, disse a fonte.

*Com informações da Agência EFE

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