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Biden inicia 3º ano pressionado por escândalo de documentos

Democrata também tem como desafio uma Câmara dos Representantes controlada pelos republicanos

Pleno.News - 19/01/2023 13h29 | atualizado em 19/01/2023 14h05

Joe Biden Foto: EFE/EPA/YURI GRIPAS / POOL

Nesta sexta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, inicia o terceiro ano de mandato desafiado por uma Câmara dos Representantes controlada pelos republicanos e um escândalo sobre documentos confidenciais encontrados na sua residência e em seu escritório.

A descoberta, desde novembro de 2022, de vários documentos confidenciais da época em que foi vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) coloca o democrata em uma conjuntura difícil, que coincide com a recuperação do controle da Câmara pelos republicanos.

As consequências da descoberta dos documentos, cujo conteúdo é desconhecido, ainda não estão claras. O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, nomeou um procurador especial, Robert Hur, para investigar o caso.

Diante desta situação, os republicanos ameaçam lançar toda a artilharia pesada contra Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, o conservador Kevin McCarthy, já manifestou apoio à abertura de uma investigação legislativa.

Os republicanos se queixaram do que consideram ser a duplicidade de critérios da gestão Biden. Eles alegam que o FBI e outras agências federais foram injustos com o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) no caso de documentos confidenciais encontrados na sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida.

No discurso logo após ter sido eleito presidente da Câmara, McCarthy já avisou que não hesitará quando se tratar de emitir intimações para obrigar os funcionários públicos a entregar documentos e a depor ao Congresso, antes do caso dos papéis de Biden vir à tona.

Caso contrário, os republicanos já disseram que vão tentar aprovar iniciativas legislativas para enfrentar desafios urgentes como “a fronteira sul aberta”, políticas de energia e “doutrinação progressista nas escolas”, além de criar comissões para investigar as políticas de Biden e as negociações comerciais do seu filho Hunter Biden.

Os republicanos avisaram que irão mais longe. Eles procurarão limitar o gasto público, que tem sido a bandeira da política de Biden durante estes anos de pandemia de Covid-19, juntamente com a luta contra a inflação, embora o poder de ação dos conservadores não seja muito claro, uma vez que não controlam o Senado, que está nas mãos dos democratas.

PRIORIDADES NO INÍCIO DO GOVERNO
Assim que chegou à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2021, Biden tornou a luta contra a pandemia, e as suas repercussões econômicas, uma prioridade. Nesta linha, ele se certificou de deixar as vacinas contra a Covid-19 disponíveis para todos os americanos, embora tenha tido de trabalhar arduamente para convencer a população a tomá-las.

À medida que a sua gestão se confrontava com o coronavírus, Biden impulsionou um pacote de estímulo de 1,9 trilhão de dólares (R$ 9,96 trilhões) e um pacote de infraestruturas de 1,2 trilhão de dólares (R$ 6,15 trilhões), ambos aprovados pelo Congresso, para contrariar a destruição do tecido econômico causada pela pandemia.

Alguns economistas apontam esses estímulos como a causa da elevada inflação no país, embora outros argumentem que é resultado da pandemia, dos problemas da cadeia de abastecimento e da guerra na Ucrânia.

De fato, a inflação elevada tem sido a maior sombra do mandato de Biden e atingiu um nível recorde em 40 anos, de 9,1%, em junho, empurrada pelos preços da gasolina e dos alimentos.

Diante deste custo elevado, o Federal Reserve (banco central dos EUA) tem a aumentado as taxas de juro desde março, o que nos últimos meses tem conseguido reduzir inflação.

Ao mesmo tempo, a Casa Branca promoveu a Lei de Redução da Inflação, aprovada pelo Congresso, que fornece ajuda às empresas que investem em tecnologias limpas, entre outras.

*EFE

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