Leia também:
X EUA: Joe Biden vai manter restrição a viagens do Brasil

Biden derruba decreto de Trump que proibia militares trans

Casa Branca alega que "uma força inclusiva é uma força mais eficaz"

Pleno.News - 25/01/2021 17h40 | atualizado em 25/01/2021 18h02

Joe Biden, presidente dos EUA Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (25), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anulou a proibição de seu antecessor, Donald Trump, para que transgêneros sirvam nas Forças Armadas.

Na presença do secretário de Defesa, Lloyd Austin, e do presidente do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, Biden assinou uma ordem executiva assegurando que “todos os americanos qualificados para servir nas Forças Armadas dos Estados Unidos devem poder fazê-lo”, informou a Casa Branca.

– O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deve ser um obstáculo ao serviço militar e [que] a força da América está em sua diversidade – acrescentou o governo, em um comunicado.

A Casa Branca indicou que “uma força inclusiva é uma força mais eficaz”.

A medida reverte a decisão de Trump, de julho de 2017, de proibir os transexuais de servir “em qualquer cargo” nas Forças Armadas. Como comandante-chefe, o presidente dos Estados Unidos tem enorme liberdade para definir as políticas do Pentágono.

Publicação de Joe Biden, a respeito da decisão sobre militares trans Foto: Reprodução

As Forças Armadas americanas tinham sido abertas aos transgêneros em junho de 2016, por decisão do governo do então presidente Barack Obama, do qual Biden foi vice-presidente por 8 anos. Mas o recrutamento de transgêneros devia ser estabelecido mais adiante, após um processo de previsão.

Seu sucessor republicano primeiro adiou o prazo para 1º de janeiro de 2018. Depois, decidiu cancelar a medida por completo. De acordo com Trump, a política da era Obama foi disruptiva, cara e corroeu a prontidão militar e a camaradagem entre as tropas.

Mas, na ordem de Biden, revogando a proibição de Trump, a Casa Branca citou um estudo de 2016 que descobriu que “permitir que os transgêneros servissem abertamente nas Forças Armadas dos Estados Unidos teria um impacto mínimo na prontidão militar e no custo com cuidados médicos”.

– Os membros do serviço que sejam transexuais não estarão mais sujeitos à possibilidade de serem demitidos ou separados por motivos de identidade de gênero – anunciou o comunicado da Casa Branca.

Em 2016, foi calculado que o número de transgêneros que serviam no Exército dos Estados Unidos oscilava entre 1,3 mil e 6,6 mil dentro de um total de 1,3 milhão de integrantes do corpo militar, de acordo com um estudo encarregado pelo Pentágono.

Seis anos antes, Obama havia declarado que a política “don’t ask, don’t tell”, que proíbe homossexuais de servirem abertamente nas Forças Armadas dos EUA, acabaria durante o seu governo. Essa política exige que militares gays mantenham sua orientação sexual em segredo, sob pena de expulsão.

Essa legislação foi aprovada pelo Congresso em 1993, em substituição a uma lei anterior que proibia completamente a presença de homossexuais nas Forças Armadas americanas. Mas, em 2010, a lei foi declarada inconstitucional pela juíza Virginia Phillips, por violar os direitos de liberdade de expressão dos militares homossexuais.

*Estadão

Leia também1 EUA: Joe Biden vai manter restrição a viagens do Brasil
2 Biden cancela oleoduto e "joga fora" 11 mil postos de trabalho
3 Após ordem sobre 'ideologia de gênero', cristãos criticam Biden
4 Ordem de Biden sobre direitos LGBT cita banheiro para crianças
5 Biden promove mudanças no governo pela "diversidade"

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.