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Pleno.News - 14/07/2021 13h40 | atualizado em 14/07/2021 14h55

Presidente dos EUA, Joe Biden Foto: EFE / EPA / Yuri Gripas / POOL

Diante da aprovação de dezenas de leis estaduais que limitam o acesso ao voto, o presidente dos EUA, Joe Biden, apertou o discurso ao dizer que esse tipo de legislação é “um ataque” contra o direito de votar e de ser votado e que este é o maior teste para a democracia “desde a Guerra Civil”, no século 19.

Motivados pela derrota de Donald Trump na eleição de 2020, na qual tiveram peso o voto pelo correio e o voto antecipado, estados comandados por republicanos lançaram iniciativas para mudar as regras das disputas.

Segundo o Centro Brennan pela Justiça, da Universidade de Nova York, desde o começo do ano foram aprovadas 28 novas leis relacionadas ao modelo de votação em 17 estados do país.

E novas medidas ainda estão por vir. Os últimos números mostram que 61 projetos de lei já tramitam no Legislativo de 18 estados, sendo que 30 já foram aprovados em pelo menos uma votação. Ao todo, 389 projetos foram apresentados desde o começo do ano em 48 estados.

Em discurso na Filadélfia, Biden declarou que um dos direitos mais básicos dos americanos é o de votar livremente e ter o seu voto contado. Ele sinalizou que as novas leis são “um ataque em andamento nos EUA, uma tentativa de suprimir e subverter o direito de votar em eleições livres e justas”.

– Estamos diante do mais significativo teste para a nossa democracia desde a Guerra Civil (1861-1865). Isso não é uma hipérbole – afirmou Biden.

O presidente atacou ainda as acusações de fraude feitas por Donald Trump, dizendo que elas são a “grande mentira”, expressão usada pelo republicano para se referir à vitória de Biden.

– Vamos enfrentar um novo teste em 2022, uma nova onda de supressão eleitoral sem precedentes, além de uma crua e ampla subversão eleitoral. Temos que nos preparar agora – declarou Biden, defendendo a aprovação, no Congresso, do projeto de lei que garante a ampliação do direito de voto e unifica nacionalmente regras eleitorais.

Em junho, os republicanos no Senado barraram a iniciativa usando uma obstrução legislativa.

MANOBRA ARRISCADA
No Texas, estado tradicionalmente republicano, deputados democratas conseguiram impedir a aprovação de um projeto aprovado pelo Senado local com restrições à votação por correio, limites aos horários de votação antecipada e aos locais de depósito de cédulas. O grupo deixou o plenário antes da sessão, impedindo que fosse formado um quórum mínimo.

Agora, em uma nova e arriscada manobra, os deputados deixaram o Texas antes de uma nova votação do projeto. Em jatos fretados, seguiram para Washington, onde querem pressionar os democratas no Congresso para que passem a lei eleitoral defendida pela Casa Branca.

Em resposta, na manhã de terça-feira (13) os republicanos na Assembleia Legislativa do Texas aprovaram uma medida para que as autoridades busquem e até prendam os democratas ausentes – um ato apoiado pelo governador Greg Abbott, republicano.

– Assim que eles voltarem ao Texas serão presos. Serão retidos no Capitólio do Texas até que cumpram seus deveres – afirmou Abbott.

A vice-presidente, Kamala Harris, declarou apoio ao grupo, dizendo que eles mostraram “grande coragem e certamente grandes convicções e comprometimento”.

*AE

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