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Joe Biden proíbe EUA de investir em 59 empresas chinesas

Medida havia sido tomada ainda no governo Trump e foi reforçada por Biden

Gabriela Doria - 04/06/2021 11h55 | atualizado em 04/06/2021 12h42

Presidentes Joe Biden e Xi Jinping Foto: Reuters/Pool/Lintao Zhang

O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu nesta quinta-feira (3) uma nova ordem executiva proibindo americanos de investir em empresas chinesas ligadas ao “complexo industrial militar” de Pequim. Segundo a Casa Branca, essas indústrias produzem tecnologia de vigilância usada para reprimir opositores ou minorias religiosas, como ocorre com os dissidentes em Hong Kong e os uigures no Noroeste da China.

A nova ordem amplia uma restrição baixada pelo ex-presidente Donald Trump de 31 para 59 empresas. A medida intensifica uma batalha comercial e ideológica entre Pequim e Washington, o que Biden chama de luta entre “a autocracia e a democracia”.

A mudança ocorre em um momento em que a China aumenta sua capacidade de espionar seus quase 1,4 bilhão de habitantes, usando uma mistura de câmeras de reconhecimento facial e software, scanners de telefone e muitas outras ferramentas. Essa tecnologia tem sido exportada para nações em todo o mundo e muitas vezes é vendida como parte de um pacote de equipamento de comunicação.

Assessores de Biden disseram que a medida foi justificada por um novo compromisso americano de não facilitar a repressão chinesa e os abusos contra os direitos humanos.

A China costuma condenar esse tipo de movimento como interferência em seus assuntos internos e já tentou retaliar iniciativas como essa com vetos a empresas americanas. Além disso, os chineses dizem que os EUA e outros países usam estas mesmas tecnologias e técnicas para rastrear terroristas e traficantes.

A eficácia da ordem do democrata ainda não está clara. Para tornar a proibição de investimentos realmente efetiva, ele teria de convencer aliados europeus, além de Japão e Coreia do Sul, a juntarem-se ao esforço, questão que deve ser tema de debates na próxima semana durante a cúpula do G7, no Reino Unido.

*Estadão com NYT e AFP

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