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Argentina: Pobreza atinge 40,9% da população no 1º semestre

Dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec)

Ana Luiza Menezes - 03/10/2020 17h56 | atualizado em 03/10/2020 17h58

Argentina: Pobreza atinge 40,9% da população no 1º semestre Foto: Pixabay

O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou dados, na quarta-feira (30), indicando que a pobreza na Argentina cresceu no primeiro semestre deste ano. Nos seis primeiros meses de 2020, a taxa de pobres no país passou de 35,5% (referente ao segundo semestre de 2019) para 40,9%, ou 18,5 milhões de pessoas. As informações são do Valor Econômico.

A taxa de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza passou de 8% para 10,5% (4,7 milhões de pessoas).

A Argentina enfrenta crise desde 2018. O país conseguiu promover uma reestruturação de parte de sua dívida externa com credores privados, mas tem visto a economia se deteriorar.

A chegada da pandemia, combinada com a crise econômica, é apontada como razão do aumento da pobreza na Argentina. A pobreza pode aumentar nesta segunda metade do ano.

– No segundo semestre será ainda mais complicado. Ainda há muitas restrições de mobilidade na área metropolitana de Buenos Aires e o vírus começa a se espalhar pelo interior. Além disso, a inflação voltou a aumentar e a renda da família será menor do que no início do ano. Provavelmente veremos a taxa de pobreza chegar a 42% ou 43% – apontou Martín Tetaz, da Universidade de La Plata.

As reservas internacionais do Banco Central argentino tem apresentado queda em função da falta de confiança nas políticas do presidente Alberto Fernández.

– E a perspectiva não é positiva. A Argentina tem tido dificuldade para reabrir a economia, e o governo de Alberto Fernández não tem conseguido convencer investidores de que vale a pena investir na Argentina: tem adotado uma agenda heterodoxa, com restrições, controle de preços, controle de capitais, controle de importações. Chegou a falar em expropriação, o que envia sinal bastante negativo para mercado – avaliou Gabriel Brasil, da consultoria Control Risks.

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