Aliados denunciam ameaças a Guaidó e culpam Maduro
Grupo de Lima diz que há "sérias informações" sobre tentativa de intimidação
Gabriela Doria - 25/02/2019 19h48

O Grupo de Lima, cúpula de países que querem o fim do governo de Nicolás Maduro, denunciou nesta segunda-feira (25) que há informações sérias e críveis de ameaças contra Juan Guaidó e sua família. Guaidó é reconhecido pelo bloco como presidente interino da Venezuela.
Eles também responsabilizaram o presidente Maduro por qualquer agressão física ao líder opositor venha a sofrer.
– Queremos responsabilizar o usurpador Maduro de qualquer ação violenta contra Guaidó, sua esposa e seus familiares, o que se transformaria não só em outro crime, mas daria lugar a uma situação internacional que obrigaria o Grupo de Lima a atuar coletivamente, recorrendo a todos os mecanismos legais e políticos – disse o chanceler da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo.
Para Trujillo, que falou em nome do Grupo de Lima após a reunião realizada nesta segunda em Bogotá, Guaidó representa a esperança de liberdade e democracia dos venezuelanos.
No último dia 10 de fevereiro, Guaidó denunciou que a avó de sua esposa, Fabiana Rosales, foi ameaçada por um “coletivo”, como são conhecidas as organizações paramilitares integradas por civis, habitualmente armados, que atuam na defesa do chavismo.
Antes, no fim de janeiro, Guaidó denunciou que agentes da Guarda Nacional Bolivariana foram até sua casa e procuraram por sua esposa. O objetivo era interrogá-la, mas ela não estava no local.
Na ocasião, Guaidó afirmou que o governo de Nicolás Maduro era responsável por qualquer violação da segurança de sua família e revelou que soube da ação dos agentes graças aos alertas enviados por vários de seus vizinhos.
*Com informações da Agência EFE.
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