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Aliada de Navalny é presa por invadir casa de suposto agente

Porta-voz do Comitê de Investigação Russo informou que foi aberto um processo criminal

Pleno.News - 25/12/2020 18h55 | atualizado em 25/12/2020 18h58

Alexei Navalny Foto: Reprodução

A advogada Liubov Sobol, aliada do opositor russo Alexei Navalny, foi presa nesta sexta-feira (25) por entrar na casa de um suposto agente do Serviço de Segurança Federal (FSB, antiga KGB) que participou da operação para envenenar o líder da oposição ao governo de Vladimir Putin.

A porta-voz do Comitê de Investigação Russo, Yulia Ivanova, informou que foi aberto um processo criminal por invasão de propriedade, uma acusação que poderia levar a até 2 anos de prisão. Sobol, advogada do Fundo Anticorrupção, foi detido por 48 horas como suspeita, acrescentou a fonte.

De acordo com a acusação, a aliada de Navalny forçou a entrada na casa, na última segunda-feira (21), empurrando a mulher que lhe abriu a porta, e registrou as instalações com um telefone celular.

A queixa de um arrombamento foi originalmente apresentada por uma mulher que, segundo a imprensa, é sogra de Konstantin Kudriavtsev, especialista em química do FSB, cuja identidade foi revelada nesta semana por Navalny.

O opositor publicou um vídeo de uma conversa por telefone que supostamente iniciou uma confissão de Kudriavtsev, que teria revelado que o químico usado para envenená-lo, o Novichok, que foi colocado dentro de uma das roupas íntimas de Navalny em um hotel na cidade de Tomsk, na Sibéria.

O FSB emitiu um comunicado no qual descreveu a conversa como falsa e a considerou uma provocação orquestrada com o objetivo de desacreditar o serviço de segurança.

A conversa telefônica aconteceu horas antes de o portal Bellingcat, além de seus parceiros Der Spiegel e CNN, juntamente com Navalny, terem relatado em 14 de dezembro que um comando especializado em armas químicas do FSB estava envolvido no envenenamento.

Navalny decidiu divulgar a gravação somente após a entrevista coletiva anual de Putin, a quem ele acusa de encomendar pessoalmente o seu assassinato.

O presidente da Rússia respondeu que os Estados Unidos estavam por trás da investigação e, pela primeira vez, admitiu que o opositor vinha sendo observado pelo FSB. O motivo seria um possível apoio que Navalny recebia dos serviços de inteligência americanos.

*Com informações da Agência EFE

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