Paulo Moura - 06/07/2022 08h00 | atualizado em 06/07/2022 12h09

Pouco mais de um ano após ser preso na Paraíba, o mafioso italiano Rocco Morabito foi extraditado pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (5) para a Itália, país onde já foi condenado a 103 anos de prisão por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Ele embarcou em Brasília por volta das 6h desta terça sob um forte esquema de segurança.

A extradição de Morabito havia sido solicitada pelo governo italiano e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O país alegou que o mafioso deveria cumprir lá a pena relativa a quatro condenações criminais por tráfico internacional de drogas e envolvimento com organização criminosa, ocorridos na cidade de Milão.

Morabito era procurado pelas autoridades da Itália há 23 anos. Pela decisão do STF, a Itália deverá cumprir alguns requisitos exigidos pela legislação brasileira em casos de extradição, como fazer a detração (subtração) do tempo em que o mafioso ficou preso em território nacional e aplicar o período máximo de 30 anos de cumprimento de pena.

Rocco foi preso em um hotel de João Pessoa (PB), em maio de 2021. Ele estava foragido desde 2019, quando fugiu de um presídio no Uruguai. Desde a fuga, Morabito era considerado um dos traficantes mais procurados pela Interpol. Há suspeitas do envolvimento dele com o tráfico de entorpecentes desde 1990, no Brasil e na Europa.

Um dia após ser preso, ele deixou o estado e foi transferido para o Distrito Federal. À época, a PF detalhou que ele era integrante da Ndrangheta, uma associação mafiosa da Itália considerada uma das mais perigosas do mundo, envolvida em crimes de tráfico de drogas, de armas, de pessoas e também lavagem de dinheiro.

Leia também1 EUA: Google excluirá histórico de visitas a clínicas de aborto
2 Congresso derruba vetos de Jair Bolsonaro a leis para cultura
3 Mario Frias está em recuperação após infarto, diz boletim
4 MEC: Defesa de Ribeiro pede que STF anule investigações
5 Condenado por pensão, André Gonçalves visa ser deputado