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Pesquisadora compara comer carne a racismo e vira deboche

Professora de universidade australiana afirmou que discussões sobre comida devem ser encaradas de forma similar a debates sobre racismo

Paulo Moura - 24/02/2021 10h57 | atualizado em 24/02/2021 11h13

Belo prato de carne Foto: Reprodução

Uma entrevista – concedida pela pesquisadora Yamini Narayanan, professora na Deakin University, em Melbourne, na Austrália, ao site da BBC Brasil – virou alvo de críticas e deboche pelo mundo por conta de uma militância sobre algo, no mínimo, inusitado: a alimentação.

De acordo com a especialista, as discussões sobre o que comemos é similar às de movimentos como “o feminismo, o antirracismo e outros semelhantes de luta por uma política de antiopressão”. A professora afirma que a comida “sempre foi política”.

– A comida é e sempre foi profundamente política. O apelo agora é reconhecer essa política animal também como uma parte dos direitos civis desse discurso – diz a pesquisadora.

Em outro momento da reportagem, Narayanan classifica a carne como algo “hiperpolítico” e faz uma confusa conexão entre a produção de leite e a relação da indústria de laticínios, com posicionamentos políticos.

– Em contraste com a carne, que é hiperpolítica, o leite é visto de forma completamente apolítica, porque produtos derivados apenas de fêmeas vivas não estão relacionados com o abate na imaginação popular. No entanto, a realidade é que a indústria de laticínios também é uma indústria de abate – alega ela.

O posicionamento defendido por Narayanan é corroborado por atitudes de entidades com posicionamento tradicionalmente de esquerda, como a Peta (“Pessoas Pelo Tratamento Ético de Animais”, na sigla em inglês). Em uma de suas mais recentes campanhas, o grupo criticou o que chamou de “crença ultrapassada de que os seres humanos são superiores a todas as espécies”.

A declaração, é claro, chamou a atenção das pessoas pelo mundo e virou alvo de críticas, após as falas da professora serem reproduzidas na reportagem da BBC.

O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), que comentou o assunto, chamou as falas da pesquisadora de “doideiras dessas novas problematizações da esquerda”.

– Eu já tinha lido muitas idiotices e doideiras dessas novas problematizações da esquerda, tipo “racismo ambiental”, mas essa do “racismo carnívoro” zera o jogo. E, depois, malucos somos nós, por denunciarmos o globalismo e Foro de São Paulo – escreveu ele em suas redes.

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