Pesquisa revela aumento de pessoas contra aborto nos EUA
Índices dão esperança à comunidade pró-vida no país
Ana Luiza Menezes - 16/06/2018 09h49
Uma pesquisa recente do grupo Gallup mostrou que a maioria dos americanos não é a favor do aborto sob demanda. De acordo com a pesquisa, no entanto, embora a maioria não favoreça a proibição total do aborto, muitos hoje acreditam que deve haver limites sobre a prática.
O estudo nacional, baseado nos resultados de mais de mil entrevistados em todos os 50 estados do país, conclui que há aumento do movimento pró-vida.
Aparentemente, 53% dos entrevistados acreditam que o aborto só deve ser permitido em determinadas circunstâncias.
Catherine Glenn Foster, que atua como presidente da organização Americans United for Life, se sentiu encorajada pelos novos índices.
– Os números mais recentes da Gallup sobre o aborto são muito encorajadores para a comunidade pró-vida – disse Foster à CBN News.
Dados mostram que a porcentagem de americanos que se identificam com o movimento pró-vida disparou em 15% desde meados da década de 90 e agora totaliza 48%.
Enquanto isso, a porcentagem de americanos que se identificam como pró-escolha, ou seja, a favor do aborto, despencou de 8% a 48%.
Outra questão levantada na pesquisa é se o aborto é moralmente errado.
O estudo mostra que com uma margem de cinco pontos percentuais, de 48 a 43%, os americanos acreditam que o aborto é errado do ponto de vista moral.
Abby Johnson, presidente da instituição And Then There Were None e autora do livro Unplanned, também ficou otimista por causa das novas descobertas.
– O aborto já tem um estigma, como deveria, porque termina pelo menos uma vida e prejudica muitas outras. A maioria dos americanos reconhece isso, o que é encorajador. Se a cultura continuar se movendo nessa direção, na direção de perceber a destruição que o aborto provoca, tornaremos o aborto impensável – declarou.
Johnson disse ainda estar esperançoso de que a perda de cerca de 60 milhões de bebês pré-nascidos no país seja um alerta para a América.
Ela trabalhou na indústria do aborto por 8 anos e testemunhou um bebê no útero lutando por sua vida. Agora, ela pensa que a conscientização e o amor farão com que o aborto acabe.
– A coisa mais importante a saber é que eu acredito em perdão, misericórdia e redenção. Ninguém está além do incrível poder de Cristo e do Seu amor – escreveu ela em seu site.
OUTROS TEMAS POLÊMICOS
O mesmo estudo descobriu também que a poligamia e as pessoas casadas que tinham casos são assuntos vistos como moralmente erradas também.
Cerca de 78% desaprovaram a poligamia, enquanto 88% consideravam que as pessoas casadas que tinham casos extraconjugais estavam erradas.
Um em cada quatro dos entrevistados também disse que o suicídio era moralmente errado.
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