Pleno.News - 14/03/2025 21h14 | atualizado em 18/03/2025 16h26

O bispo Dom Isaac Martínez Chuquizana, de Cajamarca, no Peru, denunciou um “ataque direto” à liberdade de expressão da Igreja Católica por grupos LGBTQ+. A crítica surgiu após uma queixa apresentada à Promotoria de Direitos Humanos contra uma palestra sobre Educação Sexual Integral (ESI), realizada em agosto de 2024.

A denúncia foi feita por Reyna Consuelo Solís Rivera, que se identifica como parte da comunidade LGBTQ+. O alvo da queixa são membros da Diocese de Cajamarca e da organização Human Life International, que participaram do evento na Feira do Livro de Cajamarca.

A palestra foi conduzida pelo padre Javier Hoyos Huamán e pela especialista Roxaida Carolina López de Ojeda. Os palestrantes alertaram para possíveis impactos negativos da ESI, citando exemplos de outros países.

Segundo López, um dos pontos criticados pelos grupos LGBTQ+ foi a afirmação de que “camisinhas não protegem contra todas as doenças sexualmente transmissíveis”. Ela também questionou a distribuição de contraceptivos para jovens, sugerindo que isso incentivaria relações sexuais precoces.

Durante o evento, o padre Hoyos defendeu que métodos como o DIU e a pílula do dia seguinte podem causar abortos. Por causa dessas afirmações, grupos feministas e LGBTQ+ se manifestaram contra a palestra, classificando-a como “ofensiva e desinformativa”.

No dia do evento, manifestantes protestaram, interrompendo os palestrantes com gritos e insultos. A segurança da feira precisou intervir para evitar confrontos.

A Diocese de Cajamarca enviou o caso ao Ministério Público do Peru para pedir que a Justiça avalie a denúncia considerando a liberdade religiosa e de expressão no país. As informações são do CNA e ACI Prensa.

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