Parteiras são instruídas a dizer leite “humano”, e não “materno”
Hospital no Reino Unido lançou cartilha de vocabulário para incluir pessoas trans
Thamirys Andrade - 12/02/2021 15h43 | atualizado em 12/02/2021 17h15
Um hospital no Reino Unido divulgou nesta terça-feira (9) uma cartilha de mudanças no vocabulário da equipe de obstetrícia, com o objetivo de incluir pessoas trans. Assim, profissionais de saúde são instruídos a evitar termos que façam referência ao sexo do paciente em trabalho de parto.
A expressão “leite materno”, por exemplo, deve ser substituída por “leite humano”. A palavra “mãe” deve evitada e substituída por “pessoa que amamenta”. Até o nome da unidade foi modificado. Em vez de “maternidade” passou a ser chamada de “serviços perinatais”.
– Reconhecemos que atualmente há um essencialismo biológico e transfobia presentes nos discursos do parto. Nós nos esforçamos para proteger nossos pacientes trans e não binários de perseguições por causa de terminologias, reconhecendo o impacto significativo que isso pode ter no bem-estar psicológico e emocional [deles] – diz trecho da cartilha do Hospital Universitário de Brighton e Sussex.
Em publicação no Twitter, a unidade escreveu que deseja que sua nova linguagem seja “inclusiva”, em vez de “neutra”.
– Queremos que todos que usam nossos serviços se vejam refletidos na linguagem que usamos. Isso significa não apenas mulheres grávidas, mas também grávidas trans e não binárias.
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