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Para analistas, Irã calculou força de ataque para evitar guerra

Especialistas consideram que país quis demonstrar força, mas sabe que conflito em larga escala os prejudicaria: "Jogada"

Thamirys Andrade - 14/04/2024 18h03 | atualizado em 15/04/2024 16h59

Ataque iraniano a Israel Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

Especialistas consideram que o ataque iraniano a Israel neste sábado (13) foi medido cuidadosamente para ocorrer de forma que não desencadeasse uma guerra ampla na região. Para eles, após o bombardeio na Embaixada iraniana em 1° de março, o país sentiu que precisava demonstrar força, porém, de forma calculada e meramente performática, pois sabe que um conflito em larga escala seria prejudicial para si.

A ideia ganhou força após a declaração do chefe do Guarda Revolucionária, Hossein Salami, de que o Irã limitou a área do seu ataque às instalações acusadas de estarem envolvidas no bombardeio na embaixada. Além disso, a missão do Irã na Organização das Nações Unidas pediu que Israel não reaja militarmente, e que, caso não haja retaliação, o ataque pode ser considerado encerrado.

Fundador do Conselho Nacional Iraniano Americano em Washington, Trita Parsi vai além e afirma que a ofensiva foi “coordenada e coreografada entre os Estados Unidos e Irã por canais ocultos”. Segundo informações da Folha de S.Paulo, para ele, o país norte-americano desempenhou um papel crítico ao evitar que o conflito se expandisse.

Parsi aponta que os drones e mísseis foram lançados com 72 horas de aviso prévio, tempo suficiente para que Israel, EUA e outros aliados se preparassem. Segundo o portal UOL, diplomatas descreveram o ataque como “performático”, “telegrafado” e “ineficiente”.

Autoridades israelenses informaram que 99% dos mísseis e drones foram interceptados, e que os que caíram provocaram pouco dano estrutural a uma base militar. Entretanto, uma criança ficou ferida e está hospitalizada.

Para a diretora do programa do Médio Oriente e norte da África na Chatham House, Sanam Vakil, os iranianos “fizeram sua jogada”, e agora cabe a Israel decidir se responderá com guerra. Segundo ela, embora ambos os países estejam preparados para isso, eles se encontram no impasse de que um confronto direto no momento atual os prejudicaria fortemente.

Neste domingo (14), o ministro da Guerra de Israel, Benny Gantz, garantiu que seu país responderá aos ataques iranianos. Entretanto, ele destacou que o contra-ataque não será imediato, e que o Irã pagará o preço de suas ações “no momento certo”. O Estado judeu, comandado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demonstrou querer priorizar o conflito na Faixa de Gaza.

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