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Papa critica big techs: “Parem de explorar a fragilidade humana”

Pontifície publicou mensagem com apelo a vários setores da sociedade

Monique Mello - 18/10/2021 11h00 | atualizado em 18/10/2021 11h19

Papa Francisco Foto: EFE/EPA/VATICAN MEDIA HANDOUT

O papa Francisco fez um apelo aos gigantes da tecnologia, as big techs, para que deixem de “explorar as fragilidades humanas e as vulnerabilidades das pessoas”. O apelo foi feito no último sábado (16), em uma longa mensagem publicada nas redes sociais.

O pontífice também pediu por mudanças a outros grandes grupos de setores como saúde, alimentação e armamento. De acordo com ele, o mundo precisa dar “um rosto humano” aos “nossos modelos socioeconômicos”.

Com relação à Covid-19, o Papa pediu que a vacina seja acessível a todo mundo, para a natureza não ser destruída e para não haver incentivo a guerras e violência.

Leia a mensagem do Papa Francisco na íntegra:

Devemos dar aos nossos modelos socioeconômicos um rosto humano, porque muitos modelos o perderam. Pensando nestas situações, quero pedir em nome de Deus:

Aos grandes laboratórios, que quebrem as patentes. Realizem um gesto de humanidade e permitam que todo ser humano tenha acesso à vacina.

Aos grupos financeiros e aos organismos internacionais de crédito, que permitam aos países pobres garantir as necessidades de seu povo e perdoar aquelas dívidas que muitas vezes contraíram contra os interesses daqueles mesmos povos.

Às grandes empresas de mineração, petrolíferas, florestais, imobiliárias, agroalimentares, que deixem de destruir a natureza, de poluir, de intoxicar os povos e os alimentos.

Às grandes empresas de alimentos, que deixem de impor estruturas de monopólio de produção e distribuição que inflacionam os preços e acabam por impedir o pão ao faminto.

Aos fabricantes e traficantes de armas, que cessem totalmente suas atividades que fomentam a violência e a guerra, muitas vezes no tabuleiro de jogos geopolíticos, cujo custo são milhões de vidas e deslocamentos.

Aos gigantes da tecnologia, que parem de explorar a fragilidade humana, as vulnerabilidades das pessoas, para obter lucros.

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