Papa aceita renúncia de bispos por escândalo de abusos
Medida acontece depois da investigação ordenada pelo pontífice no Chile
Jade Nunes - 11/06/2018 10h16

O papa Francisco aceitou a renúncia apresentada pelo bispo de Osorno, Juan Barros; de Valparaíso, Gonzalo Duarte García de Cortázar, e de Porto Montt, Cristián Caro Cordero, após o escândalo no Chile pela falta de transparência da Igreja na gestão de casos de abusos sexuais a menores, informou nesta segunda-feira a Santa Sé.
As renúncias aconteceram depois da investigação ordenada pelo papa no Chile e que correu a cargo do bispo maltês Charles Scicluna.
Em maio, o papa Francisco mandou chamar 34 bispos chilenos ao Vaticano, que apresentaram a renúncia em bloco após o reconhecimento de que tinham cometido “graves erros e omissões”.
Agora, Francisco aceitou por enquanto as renúncias destes três religiosos chilenos e nomeou administradores apostólicos nas três dioceses.
Durante sua viagem ao Chile em janeiro deste ano, Francisco tinha defendido Barros, considerado um dos encobridores do padre Fernando Karadima, condenado em 2011 pela Justiça canônica a uma vida de reclusão e penitência por violações e abusos sexuais a menores.
Mas em seu retorno ao Vaticano, Francisco ordenou desenvolver uma investigação e após conhecer os resultados, disse que tinha sido mal informado, pediu perdão a todas as vítimas e recebeu alguma delas no Vaticano.
*Com informações da Agência EFE
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