Thamirys Andrade - 12/04/2022 13h58 | atualizado em 12/04/2022 14h12

Um grupo de palestinos vandalizou o Túmulo de José, espaço considerado sagrado pelos judeus, na Cisjordânia. Segundo o porta-voz militar israelense, brigadeiro-general Ran Kochav, cerca de 100 manifestantes incendiaram o local e danificaram a lápide na noite do último sábado (9). O ato ocorre em meio a uma série de confrontos provocados por ataques árabes em Israel. As informações são do Jerusalem Post.

O vandalismo foi cometido em uma noite marcada por prisões feitas pelas Forças de Defesa de Israel. Na última quinta-feira (7), um ataque terrorista em Tel Aviv deixou três pessoas mortas e diversos feridos.

Os conflitos entre os países tem se elevado porque a Páscoa judaica coincidiu com o mês muçulmano do Ramadã neste ano. O ataque ao local onde os judeus creem que José, filho do patriarca bíblico Jacó, foi sepultado agrava ainda mais a tensão na região.

O primeiro-ministro isralense, Naftali Bennett, afirmou que não aceitará a destruição de um local sagrado, “principalmente na véspera da Páscoa”.

– Vamos encontrar os desordeiros. Claro, vamos nos certificar de reconstruir o que eles destruíram, como sempre fazemos – declarou.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, informou que “enviou uma ‘mensagem afiada’ à Autoridade Palestina” sobre o caso.

– O vandalismo do Túmulo de José é um evento sério e uma grave violação da liberdade de culto em um dos lugares mais sagrados para todo judeu. Isso viola os sentimentos de toda a nação judaica, especialmente quando ocorre durante o mês sagrado muçulmano. O Estado de Israel tomará medidas para garantir que o local seja reformado e rapidamente devolvido à sua condição original. Além disso, tomaremos todas as medidas necessárias para evitar tais incidentes – assinalou Gantz.

Outra autoridade israelense que se pronunciou foi o ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid. Para ele, ofensivas em “locais sagrados” são ataques ao “coração de um povo”.

– Os palestinos que destruíram o túmulo de José procuram semear destruição e devastação durante um festival sagrado. Isso é um dano sério não apenas para a própria tumba, mas para os sentimentos profundamente arraigados do povo judeu. Levaremos os culpados à justiça e repararemos a Tumba de José. Apelo a todos para que promovam a calma e o sossego – pediu.

O túmulo fica na cidade de Nablus e estava sob controle das Forças de Defesa de Israel, mas passou para a Autoridade Palestina em outubro de 2000. Para os palestinos, a tumba não abrigou o corpo de José, mas de um xeque, líder espiritual para os árabes. Atualmente, o local possui acesso limitado para os judeus, que só podem visitar o local escoltados pelas forças israelenses.

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