Leia também:
X São Paulo anuncia retomada na vacinação de grávidas

Painel da OMS orienta criação de fundo para “futuras pandemias”

Painel examinou durante oito meses as falhas na gestão da atual crise sanitária

Pleno.News - 12/05/2021 13h47 | atualizado em 12/05/2021 14h46

Cemitério Vila Formosa, Sao Paulo Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr

O Painel Independente sobre Preparação e Resposta à Pandemia recomendou, nesta quarta-feira (12), a criação de um mecanismo de financiamento para enfrentar futuras pandemias e, em caso de emergência, desembolsar entre US$ 50 bilhões e US$ 100 bilhões em curto prazo.

Formado por peritos e personalidades por encomenda da Organização Mundial da Saúde (OMS), o painel examinou durante oito meses as falhas na gestão da atual crise da Covid-19.

Em seu relatório final, o painel afirma sem rodeios que “o sistema atual não nos protegeu da pandemia”.

– E, se não agirmos para alterá-lo agora, não nos protegerá da próxima ameaça pandêmica que pode ocorrer a qualquer momento – disse a co-presidente do painel e ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, durante a divulgação do relatório.

Entre as recomendações está a criação de um mecanismo internacional que mobilize de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões por ano (por um período de 10 a 15 anos) para manter uma capacidade de resposta sustentada a uma pandemia.

No caso de uma declaração de pandemia, esse fundo deve ser capaz de mobilizar dez vezes tais quantias, antecipando o que os países se comprometam a contribuir para não perder tempo que resulte na propagação do agente pandêmico, seja ele um vírus ou outro tipo de agente patogênico.

Tal mecanismo seria independente da OMS e supervisionado pelo Conselho Mundial sobre Ameaças à Saúde, que também se propõe que seja criado com o objetivo de manter um elevado empenho político na preparação e resposta a uma pandemia.

O cálculo econômico feito é simples e consiste em comparar tais montantes com os US$ 7 trilhões que o mundo perdeu apenas em 2020 devido à crise sanitária, ao qual o impacto econômico durante este ano e os anos seguintes terá de ser acrescentado.

Um dos problemas identificados na resposta à pandemia de Covid-19 foi que os países exigiam muito da OMS, mas negavam-lhe autoridade e financiamento suficientes para dar as respostas esperadas.

A este respeito, o painel propõe o fim do modelo que permite aos países fazer contribuições condicionais à OMS (por exemplo para financiar uma determinada área da saúde) e que os Estados aumentem suas contribuições obrigatórias para a organização. Atualmente, dois terços do orçamento da OMS são cobertos por contribuições voluntárias dos países.

Outra proposta é que o mandato do secretário-geral da OMS, seu principal dirigente, seja de sete anos, mas sem possibilidade de reeleição, embora não deva ser aplicada retroativamente.

Portanto, o atual secretário-geral, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, cujo primeiro mandato de cinco anos termina em 2022, poderia concorrer a um segundo.

*EFE

Leia também1 Alta transmissão da Covid-19 nas Américas preocupa Opas
2 Aziz pode chamar Wajngarten como investigado na CPI
3 Agência europeia inicia visitas às fábricas da Sputnik V na Rússia
4 Painel da OMS sugere prazo de 3 meses para quebra de patentes
5 Covid-19: Estrelas do tênis estão inseguras com as Olimpíadas

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.