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Outra testemunha do caso Odebrecht é encontrada morta

Empreiteira responde a processos na Colômbia. Esta é a segunda pessoa relacionada ao caso que morre

Gabriela Doria - 27/12/2018 19h00

Rafael Merchán era ex-funcionário do governo da Colômbia e testemunha no caso Odebrecht Foto: Reprodução

Rafael Merchán, ex-secretário de Transparência da presidência da Colômbia e uma das testemunhas do chamado caso Odebrecht, foi encontrado morto nesta quinta-feira (27) em Bogotá. Há dois meses, Jorge Enrique Pizano, outro importante colaborador da Justiça para esclarecer o escândalo, também foi encontrado morto.

– Tristeza infinita pela morte de um grande amigo, extraordinário ser humano, Rafael Merchán. Vai fazer muita falta. Que dor. Que descanse em paz – escreveu no Twitter o ex-senador Carlos Fernando Galán, que era próximo ao ex-secretário de Transparência.

Segundo o jornal El Tiempo, o corpo de Merchán, que tinha 43 anos, foi encontrado em circunstâncias estranhas dentro da casa que ele vivia em Bogotá. O ex-secretário seria testemunha no processo penal contra Luis Fernando Andrade, ex-presidente da Agência Nacional de Infraestrutura (ANI), dentro do caso Odebrecht.

Andrade é acusado de ter cometido os crimes de interesse indevido na celebração de contratos, de ocultação, adulteração ou destruição de elementos materiais probatórios e de falso testemunho.

Os promotores investigam o aditivo do contrato de concessão da Rota do Sol II, assinado por Andrade como presidente da ANI. A Odebrecht liderava o consórcio responsável pelas obras.

MORTES SUSPEITAS
Jorge Enrique Pizano morreu após sofrer um infarto. Três dias depois, um de seus filhos, o arquiteto Alejandro Pizano Ponce de León, morreu envenenado após beber uma garrafa de água que estava na escrivaninha do quarto de seu pai.

Pizano trabalhava como auditor e representava o Grupo Aval no contrato de concessão da Rota do Sol. Segundo o Ministério Público da Colômbia, a Odebrecht pagou mais de R$ 28 milhões em propinas para vencer a licitação.

O diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses da Colômbia, Carlos Valdés, renunciou ao cargo em meio ao uso polêmico de provas sobre a morte de Pizano.

*Com informações da Agência EFE.

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