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ONU tem indícios de que a Rússia envenenou Navalny

Opositor de Putin sofreu e foi envenenado em agosto do ano passado

Pleno.News - 01/03/2021 17h24 | atualizado em 01/03/2021 17h45

Alexei Navalny é opositor de Vladimir Putin, presidente da Rússia Foto: Reprodução

Especialistas das Nações Unidas que investigaram durante quatro meses o envenenamento do líder da oposição russa Alexei Navalny indicaram que as provas encontradas apontam para um “provável envolvimento” de funcionários do governo russo, presumivelmente do alto escalão, nesse episódio que ocorreu em agosto do ano passado.

Em uma carta oficial enviada às autoridades russas no mês de dezembro, cujos detalhes foram divulgados nesta segunda-feira (1º), as duas investigadoras da ONU, Agnès Callamard e Irene Khan, disseram que o veneno usado, Novichok, é uma dessas provas.

– O conhecimento necessário para manuseá-lo e desenvolver novas formas de Novichok, como a encontrada nas amostras retiradas de Navalny, só pode ser encontrado em agentes do Estado. É um produto desenvolvido pela União Soviética e só a Rússia é conhecida pela sua fabricação, [seu] desenvolvimento e [sua] utilização – observam os relatores em sua carta.

Elas ainda acrescentaram que a tentativa de homicídio ocorreu pelo posicionamento político de Navalny.

– Navalny foi atacado por ser quem ele é: um político, um ativista anticorrupção e um crítico do governo que denunciou repetidamente as práticas corruptas de altos funcionários russos – acrescentou Irene Khan.

O ataque ocorreu “para gerar medo e enviar um aviso de que isso poderia acontecer a qualquer pessoa que atacar o governo”, aponta Khan, enquanto Callamard lamentou que as autoridades russas, longe de responder aos pedidos de investigação, estão tentando atacar a credibilidade da vítima.

– Dada a resposta deficiente das autoridades nacionais, o uso de armas químicas e o padrão aparente de assassinatos seletivos, acreditamos que uma investigação internacional deva ser realizada com urgência – afirmaram as representantes da ONU, ressaltando que essas investigações são fundamentais, considerando que Navalny na prisão.

Outra evidência que, segundo as especialistas, indica que a Rússia pode estar envolvida no ataque ao líder da oposição é o fato de ele ter ficado sob vigilância estatal quando foi envenenado, “portanto, é improvável que terceiros tenham administrado o produto químico proibido sem o conhecimento das autoridades”.

*Com informações da agência EFE

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