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ONU pede à China provas sobre paradeiro da tenista Peng Shuai

Peng Shuai está desaparecida desde o dia 11 de novembro após acusar ex-vice-primeiro-ministro de abuso sexual

Paulo Moura - 19/11/2021 10h17 | atualizado em 19/11/2021 10h36

Tenista Peng Shuai Foto: EFE/EPA/Ritchie B. Tongo

O desaparecimento da tenista chinesa Peng Shuai, de 35 anos, após denunciar o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli de abuso sexual segue ganhando contornos preocupantes e começa a furar a bolha do esporte.

Nesta sexta-feira (19), a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à China provas sobre o paradeiro e o estado de saúde da atleta ex-número 1 do mundo.

– Seria importante ter uma prova de onde ela está e saber se ela está bem. Solicitamos veementemente que uma investigação seja realizada com total transparência em suas alegações de agressão sexual – disse Liz Throssell, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Humanos Direitos Humanos, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.

Apesar do barulho que o assunto vem ganhando nos últimos dias, o ministério das Relações Exteriores da China segue em silêncio sobre o caso de Peng Shuai.

A repórteres, o porta-voz Zhao Lijian disse nesta sexta-feira que o assunto “não era uma questão diplomática” e que “não está ciente da situação”.

Por sua vez, Steve Simons, chefe da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês), ameaça retirar o país do circuito profissional do tênis feminino, caso o sumiço da atleta não seja esclarecido.

– Estamos prontos para retirar nosso negócio e enfrentar todas as complicações que surjam porque isso é mais importante do que o negócio – disse Simons em entrevista à CNN nesta quinta-feira (18).

SOBRE O CASO
Considerada a principal estrela do tênis na China, Peng Shuai está desaparecida desde o dia 11 de novembro, poucos dias após acusar Zhang Gaoli, de 75 anos, de forçá-la a fazer sexo.

A denúncia foi relatada no perfil da atleta na Weibo – rede social chinesa equivalente ao Facebook, que é fortemente fiscalizada pelo Partido Comunista Chinês – , mas a publicação foi deletada pouco depois.

A agressão teria ocorrido em 2018, segundo Peng. Ela teria sido coagida pelo político, casado, a fazer sexo. A tenista conta que resistiu e chorou antes de acabar cedendo. Nos três anos seguintes, ambos viveram um caso extraconjugal descrito como “desagradável” pela jogadora de 35 anos. Na publicação, a tenista disse que não poderia apresentar evidências que sustentassem a afirmação.

*AE

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