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Entidade defendeu que o mundo precisa saber como a pandemia começou

Pleno.News - 23/07/2021 11h21 | atualizado em 23/07/2021 12h01

OMS quer uma nova fase de investigações, mas a ideia não foi bem recebida pelo país asiático Foto: Agência EFE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu, nesta sexta-feira (23), que o mundo precisa saber a origem do coronavírus SARS-CoV-2, causador da atual pandemia, e que os cientistas precisam “do espaço” necessário para continuar suas pesquisas, na sequência da recusa da China em permitir que a organização inicie uma segunda fase das suas investigações.

– Não se trata de fazer política com isso, culpar uns aos outros ou apontar o dedo, mas da necessidade de todos nós entendermos como qualquer patógeno pode atingir a população humana – disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu à China, na semana passada, para “ser transparente e aberta” e fornecer “os dados brutos dos primeiros dias da pandemia”, pedido que não foi bem recebido pelo governo de Pequim.

A China respondeu por meio de uma alta autoridade nacional de Saúde que esse pedido era “arrogante” e “desprovido de bom senso”.

Nesta sexta-feira, Jasarevic confirmou que a OMS mantém sua posição porque “se trata de ciência” e lembrou que, após uma primeira fase de pesquisas (na qual uma equipe internacional de cientistas viajou em fevereiro para a província de Wuhan, onde se acredita que tenha começado a pandemia), agora é necessário reunir mais provas para “realmente saber” a origem do vírus.

Para isso, segundo ele observou, a investigação precisa entrar em uma nova fase.

A missão da OMS que esteve em Wuhan solicitou acesso aos dados brutos de pacientes, cadastrados nos hospitais da cidade, com sintomas semelhantes aos da Covid-19 antes do primeiro caso conhecido da doença ser registrado, mas a China respondeu que estes já tinham sido estudados por seus especialistas.

Atualmente, “todas as hipóteses [da origem do vírus] estão sobre a mesa”, disse o porta-voz chinês.

Essas hipóteses consistem em que o vírus foi transmitido ao ser humano por meio de um animal, que agiu como intermediário (o que é mais provável), e ou que houve contágio direto do animal portador do vírus, ou que a transmissão ocorreu por meio de carne congelada.

A quarta e última hipótese, considerada a menos provável por especialistas que foram à China, é a liberação involuntária do vírus por acidente de laboratório.

Tedros admitiu que houve muita pressão para descartar tal incidente e comentou que isso “pode acontecer”.

– Os países têm a responsabilidade de trabalhar em conjunto e com a OMS, num espírito de cooperação, [para] que, desta forma, os cientistas tenham a possibilidade de compreender a origem do vírus e desta pandemia – afirmou Jasarevic.

*EFE

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