OMS confirma origem de novo surto de ebola
Nova epidemia é da cepa do Zaire, a mais mortal das cinco que existem no mundo
Jade Nunes - 08/08/2018 14h51
A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou nesta terça-feira (7) que o vírus que provocou um novo surto de ebola na República Democrática do Congo (RDC) é da cepa do Zaire, a mais mortal das cinco que existem no mundo.
O diretor de Preparação e Resposta a Emergências da OMS, Pete Salama, disse no Twitter que o surto registrado na região de Kivu do Norte foi provocada pelo vírus da cepa do Zaire e, portanto, não tem relação com os casos ocorridos em maio no país.
– A boa notícia é que podemos começar a usar a vacina rVSV-ZEBOV amanhã mesmo – disse o representante da OMS.
A vacina ainda não foi licenciada, mas foi utilizada experimentalmente em Guiné durante a epidemia que assolou o país em 2014 e 2015, atingindo também Libéria e Serra Leoa. Doses também foram aplicadas em maio na República Democrática do Congo.
Em entrevista coletiva, o porta-voz da OMS, Tariq Jasarevic, explicou que há 3 mil doses da vacina na capital do país que sobraram do programa de vacinação realizado para controlar o surto anterior na província do Equador.
Jasarevic também indicou que a OMS espera que o governo da República Democrática do Congo conceda ainda hoje uma autorização para que a imunização seja realizada. Como a vacina ainda é experimental, é preciso que as autoridades locais façam um acordo específico para cada campanha.
A vacinação seguirá a mesma estratégia do último surto de ebola. Receberam as doses os funcionários das unidades de saúde, pessoas que estiveram em contato com casos confirmados e também aqueles que tiveram alguma relação com essas pessoas.
Segundo os últimos dados do governo do país, foram registrados 16 casos confirmados desde o início do novo surto e 27 suspeitas. Sete mortes ocorreram devido à doença e outras 27 ainda estão sendo analisadas pelas autoridades locais.
Até agora, foram registrados 966 contatos nas regiões supervisionadas.
O novo surto de ebola foi declarado na última quarta-feira (1º), oito dias depois de o ministro de Saúde da República Democrática do Congo, Oly Ilunga, ter anunciado o fim da epidemia.
*Com informações da Agência EFE
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