Ômicron representa risco global “muito alto”, diz OMS
Dados sobre gravidade, no entanto, são limitados
Pleno.News - 13/12/2021 16h17 | atualizado em 13/12/2021 16h35
A variante Ômicron do coronavírus, confirmada em mais de 60 países, representa risco global “muito alto”, com evidências de que ela foge à proteção vacinal, mas os dados clínicos sobre sua gravidade continuam limitados, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Ômicron está rodeada de incertezas consideráveis. Detectada pela primeira vez no mês passado na África do Sul e em Hong Kong, ela tem mutações que podem levar a uma maior transmissibilidade e a mais casos de Covid-19, informou a OMS em resumo técnico divulgado nesse domingo (12).
– O risco geral relacionado à nova variante de preocupação Ômicron permanece muito alto por uma série de razões – disse a entidade, reiterando a avaliação inicial que fez da cepa em 29 de novembro.
– E, em segundo lugar, as evidências preliminares sugerem potencial fuga imunológica humoral contra infecções e altas taxas de transmissão, o que poderia levar a novos surtos com graves consequências – acrescentou a organização, referindo-se à potencial capacidade do vírus de escapar da imunidade proporcionada pelos anticorpos.
A OMS citou algumas evidências preliminares de que o número de pessoas reinfectadas com o vírus aumentou na África do Sul.
Embora as descobertas preliminares na África do Sul sugiram que a Ômicron possa ser menos grave que a variante Delta (atualmente dominante em todo o mundo) e todos os casos relatados na região da Europa tenham sido leves ou assintomáticos, ainda não está claro até que ponto a Ômicron pode ser inerentemente menos virulenta, conforme disse a OMS.
– São necessários mais dados para entender o perfil de gravidade. Mesmo que a gravidade seja potencialmente menor do que para a variante Delta, é esperado que as hospitalizações aumentem como resultado do aumento da transmissão. Mais hospitalizações podem representar um fardo para os sistemas de saúde e levar a mais mortes.
Mais informações sobre a nova variante são esperadas nas próximas semanas, afirmou a OMS.
*Agência Brasil
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